quinta-feira, 8 de novembro de 2012

UM VERDADEIRO CONTO

O CONTO DO ADORMECIMENTO

CAPITULO VII


 “Um Povo desatento
Será sempre um Povo dominado
O político corrupto está atento
E não gosta de ser contrariado”
 




Um dia o rectângulo acorda de madrugada um pouco esbaforido, nova barafunda na capital do rectângulo, tornou a haver novo “golpe”, claro que este “vingou”, pois já tinha o apoio dos Carneiros, Freitas, Soares e mais alguns que andavam camuflados lá para os lados da extrema esquerda.
Nova mudança de rumo, agora alguns dos políticos e empresários corruptos que andavam escondidos, começam a sair da “toca”. Já se pavoneiam no rectângulo, já mandam “bitaites”, já exigem reformas para poderem dominar melhor e puderem continuar impunes aos crimes económicos e de corrupção, que vão fazendo e que estão com ideias de fazer. O povo esse continua a nada fazer, anda adormecido, apático, nada faz e os políticos e empresários corruptos, esfregam as mãos de contentes.
Para que o povo do rectângulo não acorde, os políticos e empresários corruptos, inventam uma distracção “começa a haver futebol na televisão”, inventa-se uma rivalidade entre os clubes de futebol do rectângulo “os do Norte são melhores que os do Sul” ou “os do Sul são melhores que os do Norte” além disso começa a imergir no rectângulo uma nova classe se corruptos, (os dirigentes desportivos) começa a haver dinheiro fácil para os clubes de futebol, pois convém continuar a adormecer o Povo do rectângulo. Nesta fase, já os Carneiros, Freitas, Soares e companhia, tudo minavam para poder alcançar o poder através das eleições que se avizinhava. Convinha eliminar os partidos que se preocupavam com o bem estar do Povo do rectângulo, convinha lhe fazer crer que os inimigos do rectângulo eram os outros que queriam acabar com a corrupção.
Fazem-se eleições no rectângulo, em vez de ser um acto cívico, que deve ser bem pensado, ponderado, para que o Povo, vote, escolha os seus representantes com a certeza de que eles os vão proteger e fazer leis que combatam a corrupção e os inimigos do rectângulo, não, fazem-se destas primeiras eleições uma verdadeira festa, foi um domingo diferente, mais parecia uma romaria, andava o povo todo contente, e os políticos e empresários corruptos, esfregavam as mãos de contentes, pois iriam legitimar o assalto ao “poder” no rectângulo. Ganhou o partido do Soares (PS), logo seguido do partido do Carneiro (PSD) tendo ficado o partido do Freitas (CDS) em quarto, estava montado o esquema legal de assalto ao “poder político e empresarial corrupto” no rectângulo. O povo do rectângulo, esse continuava a achar que nada lhe aconteceria.
Vão-se realizando novas eleições e são sempre os mesmos a ficar a governar (ora era do Soares, ora era o do Carneiro e quando não chegava para a maioria chamava-se o do Freitas). Era assim a vida dos governos no Povo do rectângulo, eram sempre os mesmos a governar-se e nada se fazia (mais parecia aquela frase “São os desígnios de Deus”). É por esta altura que alguém diz que estes três partidos (PS; PSD; CDS) são os partidos do “arco do poder” mas também ninguém conseguiu dizer que além desse “arco”, também se iriam tornar no “arco da corrupção e do compadrio no rectângulo). É também por esta altura que alguns políticos (que deixavam muito a desejar) fazerem afirmações como esta:
“O vencimento que aufiro como deputado do rectângulo, não chega para os charutos que fumo” – citação de um ilustre funcionário do rectângulo de nome Tavares, que por incrível que pareça mais tarde vai aparecer outro de mesmo nome, mas que terá a mania de ser comentador televisivo. Chama-se a este fenómeno a descendência.
É também nesta altura que os políticos e empresários corruptos do rectângulo fazem a terceira invenção – “OS SALARIOS EM ATRASO” .
Basicamente era assim, o povo do rectângulo, trabalhava, produzia, o empresário corrupto, com a conivência dos políticos corruptos que abundavam no “arco do poder”, vendia a produção, comprava veículos topo de gama (ferraris, porches, etc), e não pagava salários. Nada lhe acontecia, antes pelo contrário, condecorava-se o empresário corrupto, pois apesar de passar dificuldades financeiras, mantinha os “posto de trabalho” Em contrapartida quando o “povo” do rectângulo se revoltava, logo era mimado com umas bastonadas, dadas pelos guardas do rectângulo.
Por incrível que pareça o “povo do rectângulo” continuava a acreditar que os seus desígnios eram estes, que nasceu para passar sacrifícios e que era “Deus” e os “Clubes de Futebol” que assim os desejavam, que tinha de ser assim, pois senão nunca mais passava este rectângulo a um rectângulo evoluído.
Mas algo estava para mudar no rectângulo. Os políticos e empresários corruptos (os tais do arco do poder), resolviam perpetuar o “poder”, congeminavam com os “aliados novos”, com os “aliados antigos” e até com os que tentaram conquistar 2 vezes o continente onde o rectângulo pertence.
IRIAM VENDER O RECTÂNGULO. DEIXARIAM DE TER MOEDA PRÓPRIA. IRIAM FECHAR AS FÁBRICAS, AFUNDAR OS BARCOS DE PESCA, TRANSFORMAR OS TERRENOS AGRICOLAS EM HERDADES DE CAÇA, E TAMBÉM IRIAM ALARGAR OS SEU HORIZONTES PARA MANTER A CORRUPÇÃO ISTO JÁ FORA DO RECTANGULO.
Tudo apontava para ser um negócio fabuloso, mas para políticos e empresários corruptos, mas para o Povo do rectângulo, esse no principio iria ter algo que o manteria no adormecimento, mas depois...
Alguém alertou, mas o povo do rectângulo, não acreditou, algo de muito mau estava para vir, mas o povo do rectângulo não ligava, havia futebol, formula 1, havia concertos etc. Estava tudo muito bom.

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