terça-feira, 20 de novembro de 2012

UM VERDADEIRO CONTO

O CONTO DO RECTÂNGULO COM NOVOS PROTAGONISTAS

CAPITULO VIII (continuação)

SOCRATES - O IRREALISTA
 

 Depois de alguém ter tirado o Lopes de ser chefe do rectângulo e para haver alternância entre os partidos do “arco do poder” eis que vai o rectângulo novamente a votos. Emerge vindo do nada um senhor, que vai ser um dos políticos mais corruptos do rectângulo.
Tinha começado a era do Sócrates.
É também da geração das RGA’s, também passou pelas jotas do partido onde pertence e de outro em que andou (Laranjas). Também vem lá dos confins do rectângulo e se calhar também seria guardador de cabras, ou moço de trolha se por acaso não tivesse havido no rectângulo a tal aurora da liberdade.
Conforme já foi dito, a sua iniciação foi laranja, mas depois derivou para o rosa, mas um rosa esbatido de laranja. É um sabidola, sabe bem para o que vem. Rodeia-se de uns politicozinhos da mesma laia que ele, faz a apologia da modernização do rectângulo, mais para poder sacar mais uns subsídios à “seita da CEE”, para ele, os amigos, a família, e mais alguns empresários corruptos os poderem absorver.
É o celebre senhor que recebia peixes de outro senhor, por amizade. E a história era muito simples:
Um amigo desse Sócrates morava junto do mar e arranjava uns peixes saborosos (robalos) e como era muito amigo do Chefe do rectângulo, deslocava-se muitos quilómetros pelo rectângulo dentro para os ir levar, era uma pura e desinteressada amizade entre estes dois cavalheiros.
Mas também havia nesse amizade muitos milhares de quilos de ferro e de outras sucatas metidas na história dos “robalos”.
Claro que muitos anos depois se irá verificar que os “robalos” eram mesmo oferecidos ao chefe do rectângulo por pura e sincera amizade e que nunca se tirou dividendos nenhuns em sucatas ou outras negociatas que os inimigos do Chefe (Sócrates) inventaram, por inveja.
É também na altura da governação desse senhor Sócrates que nasce um empreendimento muito bonito, la para os lados da Capital do rectângulo. Era um local aprazível para uma data de passarinhos fazerem os ninhos, mas com a ajuda de uns políticos e empresários corruptos, alguns vindos do centro do continente onde o rectângulo está inserido, conseguiu-se expulsar os passarinhos e fazer-se o tal empreendimento. Claro que todo o processo de corrupção que foi falado na comunicação social do rectângulo, isto na altura do dito empreendimento, era uma pura e ignóbil mentira inventada pelos comunistas e os inimigos do rectângulo e do Chefe do rectângulo.
Como também mais tarde se vai comprovar também nada se irá passar nem ninguém irá ser responsabilizado por tamanho atentado a conservação da natureza nem se irá averiguar se por acaso as denuncias feitas eram ou não verdadeiras.
Mas o maior negócio da era Sócrates estava a aproximar-se:
Um novo sítio onde aterram aeroplanos e um TGV num rectângulo com cerca de 800 quilómetros de cumprimento, era a grande ambição dele.
Também ele queria ficar na história do rectângulo, possivelmente como o “grande construtor”. Afirmava que estas duas obras eram essenciais ao desenvolvimento do rectângulo, que o povo do rectângulo iria beneficiar, com os “Comboios de Alta Velocidade” (TGV), que já todos os amigos e aliados do continente onde o rectângulo pertence, já tinham este comboio e nós o rectângulo também o tinhamos que ter, se o rectângulo não fizesse o TGV, ainda mais atrasado ficava.
Dava o exemplo de um empresário do Norte do rectângulo se deslocar à capital em muito menos tempo do que sem o TGV.
É também nesta altura que aparece um protagonista que vai ter uma das maiores frases da vida do rectângulo.
“Para lá do Rio, é tudo deserto”.
Claro que esta célebre frase vem no contexto de alguém perguntar ao tal senhor a razão do TGV, não ir até ao fim do rectângulo (aquela zona de praias e muito sol que os nossos amigos e aliados do centro do continente onde está o rectângulo inserido) tanto gostam.
Depois foi o “sítio onde aterram os aeroplanos na Capital”, estava pequeno, já não tinha capacidade para tantos passageiros, tinha o rectângulo de construir um novo e num novo local, fora do centro da capital. O engraçado é que nunca ninguém questionou para que serviria o terreno onde actualmente está o “sítio de aterragem dos aeroplanos”, no centro da capital do rectângulo, caso se construísse o novo. Será que depois de ter acabado com ele “o sítio” se iria fazer mais um negócio chorudo para que a cambada de políticos empresários banqueiros amigos e aliados desinteressados corruptos, todos amealhassem algumas verbas?
Logo se discute o local, logo alguém influente (também foi Chefe supremo do rectângulo) e com informações privilegiadas dadas por amigos da “rosa”, começa a adquirir terrenos num certo local do rectângulo, aquele onde ele pensava que se ia construir. Acaba por o local não ser escolhido, pois alguém provou que não era o melhor lugar para a aterragem dos aeroplanos do rectângulo, o ex Chefe supremo amuou (coisa normal nele quando não lhe fazem as vontades), mas desta vez teve de engolir um valente “Caimão”, com espinhas e tudo. O negócio deu para o “torto” acabou por ficar com um valente “sapal” onde normalmente os passarinhos fazem ninhos. Mas uma coisa se ganhou. Os passarinhos tão cedo não são incomodados, pois o Ex está caquéctico e o herdeiro para lá caminha, logo os passarinhos estão seguros.
Mas a vontade do Sócrates de construir era tanta que logo apareceu um novo lugar para a construção do sítio dos aeroplanos (também alguém acabou por engolir uma “Rã”, pois o local era depois do “celebre Rio”) Coitado do que disse que para lá do “rio era deserto”. É mais uma deixa para a qualidade de políticos e empresários e banqueiros corruptos que abundam no rectângulo.
Felizmente o Sócrates não conseguiu construir nada, pois instalou-se uma verdadeira crise no rectângulo, o Sócrates reconheceu que estava a governar mal o rectângulo.
Um dia Sócrates aparece na comunicação Social e diz que vai pedir ajuda aos nossos amigos da “Seita da CEE” ao BCE e FMI.
Inventa uma nova palavra “O PEC I”. Claro que o PEC, não é nada mais nem menos do que um valente negócio para os amigos políticos, empresários e banqueiros corruptos que por este rectângulo abundam.
O desgoverno era tanto que do PEC I, passou para o PEC II, para o PEC III e assim sucessivamente, tentando fazer do povo do rectângulo (um povo estúpido, bronco e politicamente inculto), o que infelizmente é uma pura verdade.
Pronto, devido à valente crise (coisa a que o rectângulo não esteja habituado), o Socrates é enviado para o “exílio dourado”, vai estudar Filosofia para a cidade Luz, algures numa capital de um polígono qualquer no centro do continente.
Esta geração das RGA’s deixa o rectângulo de rastos, mas eles todos ficam bem, as contas nos "Offshores" e nos bancos estrangeiros com contas secretas, estão recheadas, valeu a pena o terem esperado e o terem expulsado os professores entre 1974 e 1977.
Mas aproxima-se uma nova vaga de políticos, tão corruptos, tão burros e tão ambiciosos como a geração dos RGA’s. Aproxima-se do poder a geração do Politico “RASCA”.
É ela que vai ganhar a “alternância” do “arco do poder”, vai regressar a chefe um dos laranjinhas.

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