sexta-feira, 29 de abril de 2011

Chico Buarque - Cálice - Clip Ditadura



Lá (Brasil) como cá (Portugal), houve um tempo em que era assim!
Não apaguem a memória Fascismo nunca mais!
VIVA ABRIL ! VIVA A LIBERDADE !

terça-feira, 26 de abril de 2011

Em Abril

Em Abril
cresceram para nós
... os dias
e na companhia
dos nossos Pais
vivemos tantas alegrias.
em Abril
saímos juntos
... para a rua
levados pela mão
no meio da multidão
embalados pela ternura.
em Abril
as noites foram nossas
e tamanha união
fez-nos acreditar nas promessas
... de um Portugal melhor.
em Abril
colámos cartazes
pintamos murais
fomos audazes
na companhia de nossos Pais.
gritámos palavras
numa multidão de esperança
e todo o futuro do nosso país
morreu aos meus olhos
... ainda de criança.
em Abril
vi-te sorrir, meu irmão
de punho erguido no ar
embalado pela multidão.
e, revia-me na tua força
e, queria ser corajoso
como tu foste, meu irmão.
em Abril
acreditamos ser possível
um Portugal melhor
mas, tudo morreu à nascença
... nas manigânçias
do cacique, do doutor
orquestradas por traidores.
em Abril
tanto Amor descobrimos
fomos ingénuos
e, nos iludimos.
acreditamos em muitos
que se diziam Camaradas
infiltraram-se entre nós
para na sombra fazerem
... as suas jogadas.
em Abril
fomos vendo cravos murchar
aguentamos firmes
não somos de desarmar.
em Abril
acredito que um dia
este país pode mudar.
... em Abril ! 


P`ra José (Zé Manel)


" e trago o mês de Abril a voar dentro do peito"

25 de Abrl Sempre !  Fascismo Nunca Mais !

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Comemorações do 25 de Abril no Porto



Foi assim na noite de 24 para 25 no Porto. Infelizmente a adesão não foi a desejada, mas era boa, e como disse Francisco Fanhais:
"o Padeiro para fazer pão, precisa de pouco fermento e muita farinha"
25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais!

domingo, 24 de abril de 2011

Era de Noite e Levaram - José Afonso

Tanto Mar - Chico Buarque

Ascensão, Apogeu e Queda do M.F.A.

" Seja qual for o ângulo por que vejamos, o 25 de Abril foi o fenómeno politico mais importante, desde que em 1383 o povo de Lisboa tomou o destino de Portugal nas suas próprias mãos, derrotou a nobreza conluiada com os interesses castelhanos, e marcou um novo rumo à História do Povo Português.
É mesmo por este facto que assistimos a uma reacção que embora dupla, visa uma mesma realidade: uns tentam denegrir a Revolução, mesmo nos seus aspectos mais positivos, como a Liberdade restituída ao povo, pelo M.F.A. (Movimento Forças Armadas), e a descolonização, fenómeno irreversível dentro da evolução histórica do Mundo; outros, numa acção não menos nefasta, esforçam-se por deslocar para si próprios o centro da gravidade dos acontecimentos, de que estiveram REALMENTE afastados, FALSEANDO A VERDADE HISTÓRICA...

À incompetência
repetida e consciente,
não há eufemismo que substitua
a dura realidade
da palavra TRAIÇÃO  

Obs: Texto retirado do livro "Ascensão, Apogeu e Queda do M.F.A. - volume I e II
Edições Sociais e Edição do Autor.

Origens e Evolução do Movimento de Capitães

Este livro é dedicado ao esclarecimento do Povo Português, que para uma melhor desmistificação de todos os que, nunca tendo tomado parte do Movimento de Capitães, não só sempre alardearam pertencer-lhe e se apresentaram como falsos arautos de uma causa pela qual nunca combateram, como também sempre contribuiram para a sua destruição.

"Os homens fazem a sua própria história, contudo não a fazem arbitrariamente, nas condições escolhidas por eles, mas antes sob as condições directamente herdadas e transmitidas pelo passado.
A tradição de todas as agressões passadas pesa inexoravelmente sobre a consciência dos vivos. E mesmo quando parecem ocupados em transformar-se, a eles e às coisas, em criar algo de absolutamente novo, é precisamente nessas épocas de crise revolucionária que se evocam respeitosamente os espiritos do passado, tomando-lhes de empréstimo os nomes, as palavras de ordem, as roupagens, para surgir no novo palco da história sob respeitável disfarce e com essa linguagem emprestada.
As revoluções burguesas como as do século XVIII precipitam-se rapidamente de sucesso em sucesso, os seus efeitos dramáticos superam-se uns aos outros, os homens e as coisas parecem possuídos do fulgor dos diamantes, o êxtase é o estado-permanente da sociedade, mas tais revoluções duram pouco.
Atingem o auge rapidamente e uma longa modorra apodera-se da sociedade antes que ela tenha aprendido e assimilado serenamente os resultados do seu periodo de luta.
Pelo contrário, as revoluções proletárias com as do século XIX, fazem a sua autocrítica constante, interrompem continuamente o seu curso, voltam novamente ao que parece já estar resolvido para recomeçar em seguida, troçam impiedosamente das hesitações, fraquezas e misérias das suas primeiras tentativas, parecem derrubar o seu adversário apenas para lhe permitir retirar da terra novas forças e se erguer novamente agigantado, diante delas, recuam constantemente ante a imensidade dos seus objectivos até que finalmente se crie uma situação que impossibilite qualquer retorcesso e na qual as próprias condições proclamem:
Hic Rhodus, hic salta - (aqui Rhodes, salta aqui) «chegou a hora da verdade, mostra aquilo do que és capaz» (É aqui que está a rosa, é aqui que é preciso dançar.)
Confundidas frequentemente com golpes de Estado não se restringem como estes a simples mudanças de élites dirigentes, obtidas ou não de forma violenta.
A palavra REVOLUÇÃO tão maltratada pelo uso, tomada de empréstimo por sectores descaradamente direitistas, carece de acerto quanto ao seu significado:
REVOLUÇÃO é a tomada do Poder por parte de uma classe em relação a outra dominante. Corolário lógico da definição anterior, comporta ainda uma condição necessária, mas não suficiente: de forma violenta.
Lógico, porque a prática revolucionária historicamente o evidenciou com tal.
Militarmente os acontecimentos de 25 de Abril prespectivam-se nesse dia sob o qualificativo simples de golpe de Estado.
Mas foi ainda nesse mesmo dia que por pressão das massas populares se metamorfoseou desde o início num complexo processo revolucionário, em relação ao qual não constitui arrojo de previsão ser entendido como ainda longe de ter terminado.
A palavra REVOLUÇÃO, incisivamente irreversível, não cabendo na acepção que nos proporciona a visão limitada do momento, encontra eco na certeza que todos os Portugueses politicamente explorados e conscientes têm de ver consumada. 

Texto retirado do livro:
"Origem e Evolução do Movimento de Capitães" - Diniz de Almeida - Edições Sociais - Março 1977 


 Obs: feliz aquele que herda de seus pais, o conhecimento da história que muitos tentam apagar.    

Os Segredos da Censura

..." Nenhum coronel ou doutor do SNI e da SEIT valorizou o património das Artes, das Letras, do Jornalismo, das Ciências, das Técnicas. Restou-lhes a «glória» de inimigos da criação estética, do espirito crítico, do progresso do raciocínio e da acção, da coragem de dizermos o que somos e o que desejámos como cidadãos e como povo. Foram 48 anos a olhar para o lado antes de falar e a medir com fita métrica as palavras antes de as escrever ou proferir. Era-se condenado por acreditar na existência das coisas. os opressores traficavam divisas, através de influências - os oprimidos contrabandeavam palavras-senhas de aviso, imagens-códigos de solidariedade, sons-para-a alvorada da resistência. A intiligência de várias gerações (desde a Europa à Ásia) foi metódica e deliberadamente metralhada por esta organização das trevas, enquanto se marketingavam cartazes de sol para turistas. Se o Ministério da Educação segregava do ensino milhões de pessoas «salvando-as» da alfabetização (eutanásia cultural), a CENSURA encarregava-se de filtrar, sanitarizar os alfabetizados. 
A CENSURA era um preservativo do «velho regime». Os sintomatólogos oficiais relatorizavam o país como bacteriamente puro, radicalmente esterilizado, profilacticamente imunizado.
«Não havia» EXAME PRÉVIO. Nem presos politicos. Nem suicídios. Nem barracas. Nem cólera. Nem aumentos de preços. Nem abortos. Nem guerra. Nem hippies. Nem greves. Nem droga. Nem gripes. Nem homossexuais. Nem crises. Nem massacres. Nem nudismo. Nem inundações. Nem febre amarela. Nem imperialismo. Nem fome. Nem violações. Nem poluição. Nem descarrilamentos. Nem tifo. Nem Partido Comunista. Nem fraudes. Nem poisos extra-conjugais. Nem racismo.
E os governantes (impávidos, serenos, luminosos) não viajavam, não adoeciam, não sofriam acidentes de viação, não comiam, não improvisavam e, quando eram exonerados, faziam-no sempre a «seu pedido». Era o país-ficção contra a evidência do país-real.
Tudo observado e classificado no mundoscópio da CENSURA. Os selectores da reflexão do Universo em Portugal, os gestores do «idioma pátrio», nada isentavam do crivo das peneirações (manipulações). O radar dos coroneis acompanhava as rotações dos cosmos. Nada lhes escapava, desde Prémios Nobel a algas, desde bailes a missas, desde gasolina a leite, desde emigrantes a pugilistas, desde o Pravda ao New York Times, desde orgias embuçadas dos ministros do Reynno ao flirts ambulatórios de Kissinger, desde a energia nucler às bandas de música, desde as convocatórias dos Sindicatos às oratórias da «Assembleia Nacional», desde raptos de embaixadores às visões bíblicas, desde as condecorações às lendas japonesas, desde os empréstimos dos «aliados» às despesas com as tradições heróicas, desde os cortes de cabelo às tarifas da Carris, desde as barretinas de generais aos barretes dos cardeais, desde Olof Palme a Frank Sinatra, desde a morte de cães a morte de pretos, desde Paulo VI a Brejnev.
Enterros de adversários e correligionários, casamentos e aniversários de amigos, eleições em Itália, brinquedos de Espanha, manifestações no México, almoços na Africa.
Os coronéis eram omniscientes e omnipotentes e tutelavam Jornalistas, Escritores, Musicos, Comerciantes, Industriais, Bispos, Reformados, Trabalhadores, Estudantes, Profissionais Liberais, e até as almas do outro mundo.
A CENSURA, denominada (com malícia farisaica) Exame Prévio nos derradeiros anos do marcelo-salazaricídio abrangia, assim, não só a esfera politíca, mas igualmente os mais recatados poros da Nação e do Globo Terrestre. O censuricídio utilizava técnicas de amestração, algumas já testadas pelos redutores de cabeças, aramefarpizando os Jornais, a Rádio, a Televisão, as Livrarias, as Discotecas, os Museus, as Escolas, as Salas de Conferências.
A CENSURA foi a parra, o tapa-sexo de um regime, cujo pudor ocultava as insaciáveis aberrações das suas partes baixas".
In: Os Segredos da Censura - César Principe - Editorial Caminho Maio 1979


Não apaguem a memória 
25 de Abril Sempre !   Fascismo Nunca Mais !        

sábado, 23 de abril de 2011

As Portas que Abril Abriu

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generias senis.

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
- pode nascer um país
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
- é força revolucionária !

poema de Ary dos Santos "As Portas que Abril Abriu"


quinta-feira, 21 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Exército ao serviço de quem?

"A atitude dos militares em muitos países em vias de desenvolvimento representa um factor importante na vida politica, uma força decisiva no sentido do progresso ou da reacção"

Comemorámos este ano o 37º aniversário da "Revolução dos Cravos", onde o Exército Português, desempenhou um papel importantíssimo para que fosse possível por um fim a um regime decrépito e isolado internacionalmente. Cansados de tanta asneira a nível governativo, e de, assistir a tantos atropelos, sacrifícios e maldades impostas há grande maioria da população Portuguesa, os militares Portugueses, souberam interpretar da forma mais correcta, os desejos de toda uma população que ansiava por reformas no sistema politico vigente. Em boa hora, os militares Portugueses de então, souberam ser bravos e a todos eles eu presto aqui a minha sincera homenagem. Ao comemorarmos mais um aniversário da "Revolução dos Cravos", comemorámos também, parte da nossa história recente, e a melhor forma de homenagearmos todos os homens e mulheres, que durante muitos anos lutaram  para que a Democracia fosse possivel no nosso país, é dizermos presente nas comemorações que se avizinham, para dessa forma, mostramos a todos "os velhos do Restelo" de que, e apesar de todas as dificuldades que enfrentámos actualmente VALEU A PENA.
Quando ainda recentemente, ouvimos "importantes" figuras da nossa praça defenderem a suspensão da Democracia, e vemos, muitos dos nossos concidadãos "suspirarem" por um novo Salazar, é sinal de que algo vai mal na nossa ainda jovem Democracia, é sinal de que DEVEMOS ESTAR ALERTA. 
25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais
       
"A história do exército resume com espantosa clareza toda a história da sociedade civil"

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desempregados

Puseram-te na rua
com uma indiminização
agora, vives à procura
de nova ocupação.
não arranjas trabalho
nem quem te queira trabalho dar
és uma carta fora do baralho
mas, só desejas trabalhar.
chamam-te vagabundo
malandro, gosma, mandrião
estás perto de bater no fundo
de viver, estendendo a mão.
e, recordas com saudade
o tempo em que estavas ocupado
vivias com dignidade
eras um homem respeitado.
agora, os dias passam
o trabalho, demora a aparecer
por muito que digam e façam
tu continuas sem trabalho ter.
de promessas estás cheio
está complicada a tua situação
uns, com o prato cheio
outros, sem dinheiro para pão.
e, desculpam-se com a crise 
com a retracção mundial
mas tu, pões-te a pensar
e vês, que o problema é nacional.
a Agricultura não existe!
a Industria também não!
as Pescas foram ao fundo!
onde vais encontrar ocupação ?
puseram-te na rua
está complicada a tua situação
nesta terra que é tua
desempregados
são mais de meio milhão.

Obs: dedicado a todos os homens e mulheres que neste país sofrem do flagelo do desemprego, consequência de mais de 25 anos de politicas erradas levadas a cabo pelos sucessivos governos de alternância PS/PSD+CDS, que a troco de chorudos subsídios vindos da UE (União Europeia), foram cirurgicamente destruindo o nosso aparelho produtivo nacional.

Comemorações 25 de Abril no Porto


PROGRAMA:
Dia 24 - 22.00h Avenida dos Aliados

concerto com:
Chamaste-m`ò?
Francisco Fanhais
Coral da Faculdade de Letras
Fogo de Artifício

Dia 25 - 14.00h Largo Soares dos Reis
Homenagem aos Resistentes Anti-Fascistas
Desfile da Liberdade
Avenida dos Aliados - 16.00h
Concerto com:
Ana Ribeiro/Helena Sarmento
Burro de Barro
Na Virada (Galiza)

Participa, E traz outro Amigo também.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os Mentirosos

Entre um mentiroso (José Sócrates) e outro mentiroso (Pedro Passos Coelho) venha o diabo, e escolha!!!

domingo, 10 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ergue-te !

Sempre te ví, curvado... obediente... educado... submisso... domesticado... macambuzo... resignado... moldado... acagaçado... sufocado... de rosto fechado. Sempre te ví, bem comportado... acomodado... afeiçoado... calado... vergado... ajoelhado... atado... amordaçado... condicionado... formatado... socializado... não reivindicativo... desinteressado... ERGUE-TE !!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tributo a "Zeca Afonso" em Valença


Comparece e, "traz outro Amigo também"


in. Noticias AJA Norte (Associação José Afonso)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Agenda Desportiva - Abril 2011





Triste de quem vive em casa

Contente com o seu lar

Sem que um sonho, no erguer de asa

Faça até mais rubra a brasa

Da lareira a abandonar


Fernando Pessoa, in: Quinto Império