sexta-feira, 16 de novembro de 2012

UM VERDADEIRO CONTO

O CONTO DO RECTANGULO COM NOVOS PROTAGONISTAS

CAPITULO VIII (continuação)

BARROSO – O CHERNE

Torna a haver a dita alternância no “poder”, depois de mais uma crise, eis que sai das eleições um líder que ira ser conhecido pelo “Cherne”.
Iria começar a era dos políticos que viveram as RGA’s, eles aguardavam a tomada do poder com alguma impaciência. Como sempre na vida, o rectângulo, agora via desapontar uma nova raça de políticos, mais novos, pensava que mais formados, menos corruptos, mais virados para que o rectângulo fosse melhor governado. Muitas esperanças o rectângulo depositou nesses novos políticos e muitas desilusões vai tirar deles.
Acabam de subir ao poder do rectângulo os tais que andaram a fazer as RGA’s, os tais que andavam no liceu na altura do PREC, os que expulsaram os professores de matemática e outros das disciplinas de ciências (por natureza as mais difíceis...).
Claro que o povo do rectângulo, por andar adormecido não sabia nada destes novos políticos, algum do povo do rectângulo, nem imaginava o que se tinha passado nos liceus do rectângulo, durante cerca de 3 anos (altura em que durou o PREC, entre o ano de 1974 a 1976).
Nessa altura não havia exames, só passagens administrativas, muita política nos liceus, muitas RGA’s, muitos confrontos, entre estudantes (entre os da ala direita contra os da ala esquerda), muitas bombas a rebentar, muitos assaltos a sedes de partidos principalmente da ala esquerda (PCP, MDP-CDE, UDP, etc). Por incrível que pareça, muitas poucas sedes do PS ou do PSD eram assaltadas, talvez por se pensar que um dia seriam esses a governar o rectângulo, ou então...
São dessa geração o Mendes (1957), o Barroso (1956), o Vitorino (1957), o Sócrates (1957), o Lopes (1956), o Aguiar Branco (1957), o Lima (1955), o Mexia (1957), o Augusto Silva (1957), isto só para citar alguns de muitos, que souberam e continuam a saber “viver” com a situação do rectângulo, ou seja “os tais chicos espertos” que normalmente aparecem vindos do nada, mas que sabem bem para o que vêm e o que devem fazer para ficar muito bem, isto à custo do Povo do rectângulo.
A grande maioria do povo nunca soube, que dessa geração, alguns passaram por alguns partidos, que agora eles condenam e até lhe chamam anti-democráticos. Deixo aqui alguns exemplos de alguns políticos dessa altura que passaram por inúmeros partidos dito de Esquerda ou estrema esquerda, e que depois vão mudar de partido (principalmente para PS, PSD e CDS) para poderem depois “tomar o poder” do rectãngulo.
De todos os que mais na vista dão (isto consultando umas publicações muito em voga) são os seguintes:
- Mexia o "Camaleão" – Começou a sua actividade partidária ainda jovem no liceu, como Trotskista, como militante da União Operária Revolucionária. Apoiou um tal Otelo, para o cargo de chefe do rectângulo, um dos que fizeram a “aurora da liberdade”. Em 1980 apoiou um tal Eanes, para chefe do rectângulo. Mais tarde vai ser o chefe de uma empresa estratégica do rectângulo, mas que acabará por ser vendida a um país asiático.
- Barroso o "Cherne" – Outro, que começa a sua militância partidária, como militante da extrema-esquerda (MRPP), mas depois muda de “camisa” de “vermelho” passa a “laranja”, pois começa a ver que sendo “vermelho” não sai da cepa torta, mas se mudar para “laranja” pode chegar longe. Consegue subir, nos laranjinhas, e consegue iludir o povo do rectângulo a escolhe-lo a ele para chefe, mas, depois “foge” para onde lhe vão pagar mais a “seita de amigos da CEE”. Actualmente é o chefe da “seita” mas apesar de ser do rectângulo, não o defende, antes pelo contrário o afunda e até parece que gosta que o rectângulo onde nasceu, esteja no buraco que está.
- Sócrates o "Enganador" – Também um verdadeiro ilusionista da política, começa laranja, muda-se para “rosa”, bajula, mina, chega a chefe dos “rosas”, arranja uma licenciatura “através do JUÁ”, chega a chefe do rectângulo, arranja um grupo de amigos a quem dá tacho na governação do rectângulo, consegue o inédito “que é um amigo se deslocar da sua terra, para a terra dele, para lhe levar peixes”, consegue pôr a família a ganhar dinheiro através de uma obra que dizia estratégica para o rectângulo, montada num local onde os passarinhos tinham recebido como herança, para lá poderem fazer ninhos, consegue levar o rectângulo quase à ruína, e vai para um país “amigo” começar um curso que na verdade não sabe que saída tem, mas que recebe uma bolsa de estudo dada pelo rectângulo. Consegue assinar projectos de arquitectura para um órgão do rectângulo e nem sócio ou aderente a esse grupo pertence, pois não lhe reconhecem o título que diz ter.
- Lopes – o "Bom Vivant" – Sempre a militar nos laranjinhas, ainda é dos que chama o nome do partido onde pertence, como ele foi fundado, vive sempre com a saudade do líder fundador que lhe deu a mão, o tal que ia no aeroplano, ele tentou ser o chefe do partido em várias reuniões da comandita e nunca lá chegou. Vai acabar por ser o chefe do rectângulo, mas porque o Cherne se pirou para a seita da CEE, abandonando o rectângulo. Pouco tempo estará no poleiro e o pouco que lá esteve, o rectângulo passou um muito mau bocado, acabou por ser destituído pelo chefe supremo que na altura era um tal Sampaio. Ainda tentou convencer os correligionários de que conseguia ganhar eleições, mas levou uma grande “pancada eleitoral” e acabou por ser expulso do lugar de chefe que tinha ocupado, por “usurpar” o poder, do que por ter sido eleito pelos seus correligionários.
- Vitorino – o "Submarinista" - Entrou para o poleiro e logo tentou demonstrar que era “INCORRUPTO”, nada se lhe tinha a apontar. Foi chefe da Defesa do rectângulo, muito prometeu, mas nada fez, tem uma “cena porreira” – um dia foi visitar um dos submarinos (já obsoletos que o rectângulo tinha), e devido à sua elevada estatura, mais parecia um PINGUIM a descer do Icebergue. Foi uma cena caricata. Acaba por ser enviado embora da governação por não ter pago os impostos ao rectângulo por um “monte” comprado num local do rectângulo. Acabou por reconhecer que o tinha feito, pediu desculpas e o povo mais esclarecido do rectângulo ficou a saber que afinal de incorrupto só tinha o nome.
- Lima – o "Corrupto" – Também outro que veio dos confins do rectângulo, outro que se não fossem os “vizinhos”, hoje era “guardador de cabras”, mas...
Claro veio para a capital do rectângulo, também se licenciou numa dita Universidade que a troco de umas propinas chorudas, passa um diploma em que este tipo de pessoas “faz prova” de que é “doutor”. (o Povo do rectângulo só gostava de saber porque motivo estes corruptos só tiram cursos superiores em Universidades privadas e quando estão sentados na “sua casa”. Será por terem muito tempo livre e por isso vão estudar? ou, será que por estarem na tal “sua casa” tiram benesses da posição que ocupam e por isso acabam sempre por passar no curso? É um dos tais mistérios insondáveis que o rectângulo nunca irá descobrir) Esse senhor era dos que mais faladura deitava no local onde todos o políticos deste rectângulo têm a mania de lhe chamar “a sua casa”. Foi durante alguns anos o “Chefe” dos laranjas, nessa casa. Reza a história de que um dia comprou uma propriedade lá para os lados da capital do rectângulo, que já tinha um muro, mas devido a ele se sentir “muito à vontade” por muitas maldades que andava a fazer ao Povo do rectângulo, resolveu mandar fazer um novo muro à volta da sua nova propriedade. Havia quem dizia que para se sentir mais seguro, ele iria encher de água o espaço entre os dois muros e depois adquirir uns crocodilos, animal normalmente sempre faminto, e que só assim se sentiria seguro. Acabou por não se sentir nunca seguro, pois acabou por ter algo que nem crocodilos lhe salvariam a pele. Fez uma travessia de deserto político, passou por grande benemérito de uma Instituição que o ajudou a salvar a pele, mas um corrupto não descansa e logo arranjou mais uma “cena”. Vai acabar por estar preso, primeiro na Cadeia do Políticos (isto de ser político e ir para a cadeia do membros do povo do rectângulo, não pode ser, logo vai para uma cadeia diferente), mais tarde vão mandar o senhor para casa com uma pulseira, muito bonita, que consegue saber por onde anda, isto no caso de alguém não lhe ter dado a chave para abrir a pulseira, o que neste rectângulo não era de estranhar.
Depois de tomar posse do lugar, o “Cherne” logo arranjou mais um negócio fabuloso para ele e os amigos empresários e políticos corruptos que abundavam e abundam no rectângulo.
O rectângulo iria organizar um torneio de futebol do continente onde o rectângulo pertence. Começou a festa do esbanjamento do dinheiro associado a desvios do mesmo para os ditos políticos e empresários corruptos que abundam no rectângulo e que são “amigos” do “Cherne e restantes membros da desgovernação”. Começa logo com a publicidade que se tinha de fazer, as viagens ao estrangeiro, para promover o evento, mas como sempre os políticos e empresários corruptos estavam presentes para angariar o dinheirinho que tanta falta lhe faz, mas que depois o povo do rectângulo é que vai pagar. Dizia essa raça que estes eventos tornavam o rectângulo mais conhecido, mais evoluído, mas nunca disseram quanto iria custar a brincadeira, não interessava a eles nem interessava ao povo do rectângulo, pois iria ter disponível o que mais gostava, depois alguém pagaria a despesa
Construíram-se estádios de futebol que passados uns anos o Povo do rectângulo lhes chamará “Monos”, que só serviram para fazer dois ou três jogos de futebol do tal torneio, e que depois foram entregues às autarquias da zona onde estão inseridas, com custos exorbitantes e que prejudicam mais o Povo do rectângulo do que aos políticos e empresários corruptos que nos “obrigaram” a fazer estes eventos aos quais o Povo nenhum dividendo tirou. Também nunca ninguém averiguou o quanto gastou efectivamente com a realização do tal torneio, nem nunca se averiguou o porquê de se construir estádios de futebol de raiz em cidades onde mais tarde alguns clubes de futebol vão acabar por ficar a jogar nesses estádios (passados uns anos vão recusar-se a faze-lo) e nem dinheiro têm para o aluguer desses estádios. Quase todos os estádios construídos nas cidades mais pequenas passaram a estádios municipais, ficando o rectângulo com ma vasta “rede” de estádios municipais, isto sem ninguém saber para que servem e quanto custa a sua manutenção. O mais caricato de todos (os estádios) é um construído numa zona de muito sol e muita praia. Na verdade esse, de prática de futebol nesse estádio nem vê-la, mas corridas de carros e também uma prova de bicicletas, é a utilização normal para ele.

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