segunda-feira, 5 de novembro de 2012

UM VERDADEIRO CONTO

DO FINAL DO CONTO DE TERROR AO CONTO DA LIBERDADE
 


 CAPITULO IV
“Entra o Delfim no poder, mas que mandar, nada manda.
Anda a reboque dos pides, dos políticos e grande capital corrupto.
E de um Presidente da Republica ausente, caquéctico e que não manda.
Todo o aparelho do Estado mais parece ausente, mas com papel de impoluto”.


Depois da queda do grande “Líder”, o novo Delfim, inventa as conversas em família (algo parecido com as conversas da treta). Nessas conversas tudo ia bem, o rectângulo está de boa saúde financeira, não existiam Políticos corruptos, nem lavagens de dinheiros, a saúde, a educação, a fuga aos impostos pelo grande capital e pelos empresários corruptos, era uma mentira inventada pelos opositores ao regime instituído. Continuava este rectângulo a ter o slogan “Deus, Pátria, Família”, mas agora aumentava-se um novo item “Marcelo”. É a altura de alguém, nas ditas conversas em família, dizer que agora os Portugueses, passariam a ter direito a Férias (mas não remuneradas), era altura de ter direito a Abono de Família, mas os pais e mães continuavam a não ter dinheiro para dar pão aos filhos que eram incentivados a ter. Era a altura da INATEL, mas que os que não fossem do regime não tinham direito a ter ferias nas instalações da organização.
Aparece um novo grupo de opositores ao regime, esse grupo sai do partido que apoia o Delfim (a União Nacional), concorre às eleições e alguns, ganham o assento na “dita Assembleia Nacional”. São poucos, pois o regime instituído manobra as eleições, mas os poucos que por lá andam (Assembleia Nacional), nada fazem, é como lá não estivessem, mas continuam a auferir um bom salário e a ter as mordomias dos deputados apoiantes do Regime.
Não consta dos livros e das memórias do rectângulo, que algum desses pseudo-democratas, tenha defendido o aumento de vencimentos dos trabalhadores, de terem apresentado algo para combater a corrupção que grassava no rectângulo, ou que até tivessem proposto a perda de mordomias dos celebres “eleitos” da dita Assembleia Nacional.
Para memória futura fica um nome. Sá Carneiro, (este nome mais tarde vai ser útil, para a compreensão de algumas coisas que vão acontecer no rectângulo).
Por incrível que pareça, o Delfim, continuou com a PIDE, com as perseguições, com a guerra, manteve a corrupção e a impunidade dos empresários que gamavam literalmente o País, pois quase se recusavam a pagar impostos e a isso não eram obrigados. Mas ai dos trabalhadores que fugissem a eles.
Continuavam os grandes grupos económicos, os “leais ao regime” a ter todas as mordomias, mas o resto da população nada.
Só alguns é que podiam estudar, só alguns é que podiam ir ao médico, só alguns é que teriam um bom emprego, só alguns é que poderiam ser “alguém”, mas esses só se fossem amigos do Regime do Delfim, só se fossem apoiantes dos corruptos, e dos que viviam a “roubar” o País e o resto do Povo. A isso o Regime do Delfim chamava o lei natural das coisas. Nem todos poderiam ser ricos, nem todos poderiam ser doutores, resumindo nem todos poderiam ter uma vida boa. Isso só estava ao alcance de alguns, mas poucos e de preferência só dos amigos.
Na guerra que o rectângulo era obrigado a travar, mais por influencia do novo aliado (para poder experimentar as novas tecnologias militares), do que para beneficio do país, tudo corria mal, eram muitos os jovens que iam, mas que não voltavam, mas os que voltavam não vinham como tinham ido, traziam doenças, mutilações, desuniões familiares, era como se eles regressassem de um pesadelo.
Vinham normalmente milhares em barcos, onde se faziam grandes festanças para receber os “Heróis”, numa verdadeira charada de VIP´S com as meninas “Madrinhas de Guerra” arrebanhadas para a festa da recepção num ambiente festivo normalmente vivido no Cais da Rocha do Conde de Óbidos.
Num contexto foram muitos os milhares de jovens que foram para uma situação que nada os beneficiava nem ao rectângulo junto do mar plantado, mas que beneficiava uma data de políticos e empresários corruptos.
Um dia alguém se revolta (a revolta das Caldas), nada vale, são todos apanhados, deportados, julgados e até alguns foram presos.
Como foi isto acontecer, quem denunciou, quem alertou o Delfim e os Políticos corruptos?
Fácil.
Os que não queriam largar o poder. Se calhar alguns da dita Oposição da altura, aqueles que também estariam na “dita Assembleia Nacional”, que diziam serem democratas, mas que também não deixavam de ser corruptos e a governar-se em vez de governar. Estava a aproximar-se uma viragem no País, já o povo começava a estar saturado de muitas inaugurações, festas de guerra que não entendia, mas que levava muita da força de trabalho para algo não produtivo ao país e que o regime do Delfim fazia para poder se manter no poder, mas fazer reformas, modernizar o País, e dar melhor vida ao Povo, nada.
Por incrível que pareça, o nossos Aliados tanto o mais antigo, como o mais recente (os tais da ilha que sabiam o que o povo passava e nada fizeram. E os novos Aliados, os tais que nasceram do refugo da Europa, os tais que diziam serem os defensores da liberdade, mas que também nada fizeram, para que o Povo deste rectângulo fosse poupado aos sacrifícios, de que teve de sofrer, para manter uma classe política corrupta e incompetente)
Avizinhava-se algo.

Sem comentários: