segunda-feira, 30 de junho de 2008

Autocarro - STCP



Como foi a tua viagem ?
A que horas chegaste ?
E chegaste bem ?
Ias sózinha
Ou com mais alguêm
Deu para ver a paisagem
Foste sentada ! descansas-te !
Tanta gente e ninguêm
Todos correm para "Além"
E há os semáforos tambem
Que irritam todos
E mais alguêm
Todos querem ter um "vaivem"
Para passarem por cima
De todos e mais alguêm
De que serve tanta correria
Se de um dia para outro
Deixamos de ser tudo
Para semos ninguêm



Para a Paula
viagens na minha cidade
(Henrique Mário Soares)

terça-feira, 24 de junho de 2008

São João Porto 2008

Já está...
Foi magnifico e já passou, agora venha o São Pedro da Afurada para curtir mais uma noitada.
O São João foi espectacular e até direito a "orvalhadas" tivemos. A Ribeira estava ao rubro e o pessoal todo a curtir e a exorcizar a maldita crise que a todos afecta.
Convive-se com os amigos, come-se uma sardinha assada e bebe-se um copo de tinto, entre dois dedos de conversa. Um pé de dança para fintar a tristeza e conquistar a "beleza" que está ali no baile á espera de par para dançar.

"...a menina dança... descansa... ou já tem par...

Ela não resiste, sorrí e lá vamos os dois juntos no rodopio da multidão na noite de São João.
É assim a festa de São João na minha cidade ... O Porto (Cidade Invicta).
Para o ano cá vos espero novamente.



segunda-feira, 23 de junho de 2008

São João do Porto

Estou a horas da noita mais longa da minha querida cidade
Esta é uma festa em que todos saiem á rua, por isso considerada por muitos como a festa mais "Democrática" de todo o Portugal, e onde todos são tratados por igual, até o Presidente da Republica leva com o "martelinho" na noite de São João.
Como "Tripeiro" de gema nascido em Santoildefonso vivo intensamente esta noite, caminho pelas ruas da cidade de baile em baile, saboreio uma sardinha, um caldo verde e bebo uns copos de tinto.
Aconselho todos a virem ao "São João do Porto" e deixo aqui algumas fotos da festa da minha linda cidade ... O PORTO


domingo, 22 de junho de 2008

Objectiva III - P.N.P. Gêres - Natureza Pura


Objectiva II - P.N.P.Gêres - Lindoso


Objectiva I - P.N.P.Gêres "Casa Abrigo Académico Porto"

Memórias de infância...
A Casa Abrigo do Académico do Porto actualmente em ruinas e abandonada
Foi doloroso de ver...
É um dos exemplos de abandono a que o poder central sujeita este país.
Tudo o mais sem comentários... só lágrimas e revolta...






Desejo


Quem me dera ser marinheiro
E tempestades tuas enfrentar
Navegar á deriva em teu corpo
Em teus seios encalhar
Quem me dera ser marinheiro
E desta aventura me livrar
Á procura da desejada ilha
E lá perto naufragar
Não morrer nesta aventura
De ti prisioneiro ficar
Descobrir todos os encantos
Por eles me deixar enrolar
Quem me dera ser um Robinson
E tua ilha explorar
Colher o fruto proibido
Com ternura o devorar
Acender o fogo da paixão
Do calor dele desfrutar
Quem me dera ser marinheiro
Em teu corpo naufragar

(Henrique Mário Soares)

Objectiva - Mira


Desempregado



Fechas a porta de casa
Na cabeça só desilusão
Vais pela rua fora
Até ao café do João
Pedes uma cerveja
E ficas a dever
És um desempregado
Sem nada para fazer
Desempregado, desempregado
Esta é a tua condição
Não, não és o unico
Fazes parte de meio milhão
As horas passam
Tu ficas a conversar
Envolto em nuvens de fumo
Do cigarro que acabaste de cravar
Os anuncios de jornal
São passados a pente fino
Á procura da oportunidade
Que mude o teu destino
Ao fim da tarde
Vais olhar a cidade
Sentir o reboliço das gentes
Que se movem em velocidade
Vagueias pelas ruas
Misturas-te com a multidão
Quais marionetas coloridas
No écran da tua imaginação
Ficas assim a vaguear
Sem destino nem direcção
Desempregado, desempregado
Esta é a tua condição
Não, não és o unico
Fazes parte de meio milhão



(Henrique Mário Soares)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Obrigado ! Por existires...


Em tempos a minha vida
Foi confusa anormal
O mundo era sombrio sem saída
Chegaste tu tudo ficou fenomenal
Os anos foram passando
Continuámos juntos sem vacilar
Tantos projectos vamos sonhando
Acredita algum há-de se realizar
Agora contámos os anos
Tudo fica mais fácil se sorrires
Tanto carinho partilhámos
Obrigado por existires


dedicado á Paula
(Henrique Mário Soares)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Murais de Abril

Do baú das recordações retirei estas imagens de murais feitos pós "Revolução de Abril 1974", onde nessa altura falar de "Graffitis" era pura ficção. Foram tempos de Liberdade onde a arte e a cultura sairam á rua.

sábado, 14 de junho de 2008

És ! No fundo não és


Porquê ? Porquê não choras
Quando algo te corre mal
Solta-te diz o que pensas
Por muito que seja imoral
Porquê finges ser feliz
Quando no fundo não és
Grita ! Liberta-te e diz
Mesmo sendo coisas
Sem cabeça nem pés
Há muitos mais como tu és
Um simples peão no tabuleiro de xadrez
Que esta sociedade é
Mais um copo de xerez
Para ajudar á embriaguez
Bebe á vida, ao amor
Esquece a tristeza, a dor
Olha o Mundo com olhos de ver
E diz-lhes o que vês
Eles vão compreender
Já não estás na idade dos porquês
Serão ele capazes de ver
Quem és ! no fundo não és.

(Henrique Mário Soares)




quarta-feira, 11 de junho de 2008

Recluso

















Homem sofres
Em espaço limitado
Amigo desesperas
Não vais
A nenhum lado
O sol espreita
Pelo gradeado
A lua é o teu
Anjo alado
Os dias passam
Num tempo parado
Meses, anos, mudam
Tuas feições, tua idade
Acredita Amigo
Um dia chegará
A tua liberdade

dedicado a "Xavi"

(Henrique Mário Soares)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vivências















Há recordações que nos ficam
Em cada momento que vivemos
Há emoções sempre novas
Em cada amigo novo que fazemos
Há a vida, há a morte
Que nos visita, tem dias
Há sorrisos e tristezas
Há a fealdade e a beleza
Vemos gente que nada sabemos
E o que sabemos por vezes esquecemos
Vemos pessoas que recordámos bem
Será a saudade tocando nosso peito
Será porque perdemos alguêm
Há amores desencontrados
E outros que se encontram ás escondidas
Porque tem medo de dar o passo
Para mudar as suas vidas
Há crianças com alegria
Outras passam o tempo a chorar
Há tanta riqueza mal distribuida
Tanto amor por partilhar
Há a noite, há o dia
As estações sempre a mudar
A ganância é uma doença
Quando vão voçês se curar
Há muito amor por distribuir
Respeito, Carinho, Compreensão
Há um mundo tão desigual
Que me faz chorar o coração
Vejo gente tão banal
Que de marca em marca sorrí
O que vos irá a vós libertar
ARMANI ! GANT ! GUCCI !
Há a miséria para tratar
Mentes para libertar (limpar)
Há um imenso Mundo
Há nossa espera para o mudar

(Henrique Mário Soares)