sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Madeira é um "Jardim"



As noticias que tem vindo ao conhecimento de todos os Portugueses sobre a divida existente na ilha da Madeira, divida essa que foi ardilosamente escondida com a conivência de uma certa classe politica do continente, são um autêntico insulto a todos nós que uma vez mais vamos ter de pagar os desmandos e a incompetência desta gente. Os interesses partidários, fizeram com que pessoas com responsabilidades governativas no nosso país, fechassem os olhos e fingissem nada saber.
Agora, sabemos o que foi o descalabro das contas na ilha da Madeira, mas, mesmo assim o povo madeirense prepara-se para voltar a colocar à frente dos destinos da ilha os mesmos vigaristas e corruptos de sempre, que a troco de favores e cumplicidades dominam à vários anos o espectro politico, social e económico da região.
À frente de tudo isto temos o "demagogo mor" que, com os seus discursos inflamados, insulta todos os portugueses do continente e os madeirenses que não são seus apaniguados. Não entendo como pode este senhor manter-se no poder há tantos anos, mas, por certo esta será uma das muitas falhas do sistema dito democratico.
Na ilha, devia haver um limite máximo de mandatos como à no continente, mas parece que o estatuto das autonomias deu aso a que pequenos ditadores se perpetuarem no poder. Para agravar mais as relações continente/ilha, temos os insultos que essa personagem ridícula dirige a todos nós Portugueses, insultos esses, que mereciam do Presidente da Republica uma veemente condenação.
Se vem à televisão falar de tudo e ao mesmo tempo nada, se, se encanta com o sorriso das vacas na ilha dos Açores, deveria ter a coragem politica, e numa comunicação a todo o país e ilhas, condenar as afirmações deste pequeno ditador "demagogo", que julga que com as suas provocações nos intimida.
E quanto à questão da independência, ficam a saber que eu sou dos portugueses que voto a favor.
É que estou farto de ver o dinheiro dos meus impostos ser desbaratado por uma cambada de corruptos incompetentes, que vê no insulto fácil a justificação para as suas incompetências, e desconhece que "VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU" 
Para si "pequeno ditador" um poema que escrevi à uns tempos:

O Calhau
Do alto de um palanque
um calhau discursava
e uma multidão ignorante
o aplaudia e aclamava. 
o calhau embalado
no seu fácil discursar
vomita ideias mirabolantes
impossíveis de se concretizar.
bate palmas a multidão
que se deixa embrulhar
e o calhau envaidecido
não consegue parar de discursar.
discursa sobre isto e aquilo
e mais o que lhe convêm
um dia o calhau vira brita
não deixará saudades a ninguém.
mas por agora ainda opina
apesar de ter o cérebro
à tripa cagueira ligado
esconjura tudo e todos
vê inimigos em todo o lado.
mas o calhau no palanque
todo viscoso, lustrado
rebola-se na sua vaidade
traz a maioria do povo controlado
não admite outra opinião
forma diferente de ser
o calhau é o todo poderoso
rebola... rebola... rebola
ninguém o pode deter.
pobre calhau sem valor
nunca serás diamante
não passas de um ditador 
com manias de ser importante.
e a malta para não te aturar
rodeou-te de água
saudades não vais deixar
de ti ninguêm terá magoa.


Henrique Mário Soares

P.S. Oxalá o povo madeirense saiba dar uma lição a esta demagogo populista, pois ao contrário do que ele apregoa os sacrificios serão para todos. Coragem é do que precisam...

    

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Parque de Campismo Monte Branco - Porto Côvo ( ver estrelas e escutar o mar)

Descobri a "Costa Alentejana" nos anos 90 mais concretamente em 1993, mas é sempre com enorme prazer que volta a esta linda região do nosso Portugal.
Desta vez montámos tenda no "Parque de Campismo Monte Branco" bem junto à pacata aldeia de Porto Côvo e por aqui ficámos uma semana.
Porto Côvo apresenta já algumas alterações ao que era inicialmente quando visitei este lugar nos anos 90. No meu modesto entender julgo que a construção está a ser exagerada e corre-se o risco de tornar este lindíssimo lugar muito parecido com Vila Nova de Milfontes. Enfim, situações que deviam ser bem ponderadas pois a lógica economicista não pode sobrepor-se à lógica ambiental.
Podemos estar a ir por um caminho em que a pressão urbanística durante os meses de verão arruíne por completo todo um encanto de paz e sossego tão caracteristico desta região de praias semi-selvagens e de areias limpas.
O "Parque de Campismo Monte Branco" é um lugar aprazível e com boas instalações. Possui todas as condições necessárias para uma boa estadia em campismo, e tanto as zonas balneares como as áreas de lazer são de boa qualidade. De negativo as muitas "tendas/casa" espalhadas por uma grande zona do parque, e  os "graffitis" escritos nas portas dos chuveiros e casas de banho das zonas balneares (alguns palavrões...), sinónimos de uma falta de civismo cada vez mais latente nestas sociedades ditas modernas...para onde vamos ?
Esta situação deve ser revista pelos responsáveis do parque pois o aspecto que dá é negativo.
Apesar de ser um parque inserido numa zona de eucalipto no geral as sombras são boas. Não sou um entusiasta de parques de campismo com este tipo de árvores mas entre acampar ao sol e acampar num parque com árvores desta espécie, prefiro a segunda hipótese.
No geral trata-se de um bom parque de campismo, que tem a seu favor o facto de estar juntinho à lindíssima Aldeia de Porto Côvo e das magnificas praias desta Costa Alentejana que está inserida no Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina .
Partam à aventura...

   

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

De Volta...




O regresso ao trabalho após as férias sempre foi complicado
Durante três semanas relaxei ao sabor do tempo. Nada de horas, nem rotinas, deixei-me levar e vivi completamente despreocupado sem escutar a TV nem noticias sobre o que ia acontecendo neste rectângulo à beira mar plantado.
O relógio, esse ditador implacável que controla os nossos dias ficou na gaveta lá de casa e livre de todos os "apetrechos" que nos ligam ao mundo dito desenvolvido/falido, parti à aventura.
Modéstia à parte Portugal é lindo e as suas gentes afáveis, a comida é excelente e de uma riqueza gastronómica sem igual, e os nossos vinhos são fantásticos. Nada que eu já não conheça, mas por muitas voltas que dê a Portugal, todos os anos acabo descobrindo novos locais cheios de encanto.
As férias servem para isso mesmo e as minhas sempre foram vividas tipo "saltimbanco" uns dias aqui, outros dias acolá e assim por diante, quase como se estivesse à procura de um qualquer paraíso perdido.
Provavelmente sofro de alguma desconstrução genética que me impede de fazer férias fixas num só lugar durante semanas. Digamos que ao fim de 3 a 4 dias já estou farto de estar "amarrado" a esse lugar e sinto uma vontade tremenda de fazer a "trouxa" e partir.
Talvez um dia descubra o tal "paraíso" perdido e tudo abandone para aí viver por troca deste local onde sobrevivo.
Um dia talvez !