quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempo

















Tempo
Simples enigma dos nossos dias
Que nos deixa sempre indecisos
Como estará o tempo amanhã?
Quanto tempo viverei eu?
Ela volta só tens de dar tempo ao tempo
Tempo para isto, tempo para aquilo
Tempo em tempos trocados
Confissões feitas em quartos fechados
Lágrimas correndo por ombros desnudados
De um tempo que outrora foi

Das coisas que juntos vimos
As alegrias que dividimos
Os projectos que sonhamos
No tempo os projectamos
O tempo da alegria
Setembro é seu nome
De uma união marcada pelo frio
Nos cinzentos dias de Inverno
De um passar de ano
Que nunca passamos

Vendo tua imagem nas águas do rio
Projectada por um sentimento interno
Que ao tempo quer resisitir
Tempo de verão que contigo queria curtir
Com viagem de ida, sem nunca poder vir
Tempo para reflexão, tempo para pensar
No tempo estou parado
Á espera de te encontrar



(Henrique Mário Soares)

2 comentários: