segunda-feira, 2 de maio de 2011

Comemorações do 1º de Maio no Porto

Uma vez mais comemorámos o 1º de Maio Dia do Trabalhador, e uma vez mais, a participação ficou aquém do esperado se atendermos: às dificuldades que enfrentámos actualmente, ao numero de desempregados, ao numero dos trabalhadores precários, ao numero de trabalhadores a recibo verde, e a todas as medidas que a "troika" e os "negociadores" do  FMI querem impor a Portugal.
Vozes ditas sábias, adjectivadas por muitos de "paineleiros", pois são gente que fala em "painéis televisivos" e que "grunhe" mais ou menos a mesma linguagem, (e depois diz que outros é que tem sempre a mesma cassete...) entra por nossa casa dentro, e  "iluminados" por uma sapiência suprema, esgrime ideias que nada de novo trazem para a resolução da situação em que nos encontrámos.
Politicas erradas, postas em prática durante mais de trinta anos, levaram à destruição do nosso aparelho produtivo, e aqui a culpa não tem um só nome, (Sócrates), como muitos desses "paineleiros" tentam fazer crer, a este, temos de acrescentar todos os outros (des)governantes, que embalados pelos ventos da Liberdade pós 25 de Abril, souberam alcandorarem-se ao poder e assim  manobrarem na sombra, desviando o país do rumo que a "Revolução dos Cravos" e o programa do MFA tinham para Portugal.
E o que se vê hoje em dia nas manifestações, gente já com alguma idade e por parte da juventude pouca ou nenhuma participação. Para um país que tem actualmente mais de 600 mil desempregados, o lógico era estarem nas ruas milhares de pessoas, mas não!
O Português, prefere passear nos shoppings a ter de lutar por um futuro melhor. O Português, prefere deixar tudo como está e suspirar por um "Dão Sebastião" salvador, que envolto em promessas argumentará ter a resolução para esta situação. O Português, não tem cultura cívica, nem cidadania, nem gosto pela politica, não vê, que é na participação em comemorações como o 1º de Maio que faz ver a sua força, que faz ouvir a sua voz e que, dessa forma questiona as politicas postas em pratica neste país.
O Português, acha que se deixar tudo na mão de um "bem falante" doutor tudo se há-de resolver, "por obra e graça da nossa senhora", que o que ele quer é ir até à praia; ver o seu clube ganhar o campeonato; passear de carro aos domingos à tarde com a família; e ter uma mesa farta na noite de natal.
O resto é lá com "esses" revolucionários que só sabem fazer greves, dizer mal, criar instabilidade e que são sempre do contra. 
É de lamentar esta situação a que grande parte do meu povo chegou, e mais o é ainda, quando sabemos de companheiros/as que "beberam" dos ideais revolucionários, e que, por muitas lutas andaram, mas que desistiram como se fosse a RESIGNAÇÃO a única palavra que resta no fim do dicionário.
Por tudo o que tem sido feito ao meu país, por tudo o que os meus pais e muitos mais lutaram, e porque acredito que é possível um Portugal mais justo para todos, direi SEMPRE PRESENTE !



VIVA ABRIL.
VIVA O 1º DE MAIO

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