OS CONTOS DOS BURACOS
“A RAZÃO DO RECTÂNGULO GASTAR MAIS DO QUE ARRECADA. A JUSTIFICAÇÃO DA TRETA, O NÃO QUERER MEXER NAS MORDOMIAS DOS QUE ESTÃO A EXERCER O PODER NO RECTÂNGULO”
ANEXO II
“O Povo o rectângulo fica endividado
Por dinheiro pedido e que nunca irá conseguir pagar
Mas o político e empresário corrupto fica calado
Acreditando o Povo que isto um dia irá acabar”...
“A RAZÃO DO RECTÂNGULO GASTAR MAIS DO QUE ARRECADA. A JUSTIFICAÇÃO DA TRETA, O NÃO QUERER MEXER NAS MORDOMIAS DOS QUE ESTÃO A EXERCER O PODER NO RECTÂNGULO”
ANEXO II
“O Povo o rectângulo fica endividado
Por dinheiro pedido e que nunca irá conseguir pagar
Mas o político e empresário corrupto fica calado
Acreditando o Povo que isto um dia irá acabar”...
Estava o rectângulo no ano de 1977, quando um ilustre senhor, era ele o PM do rectângulo nessa altura e pertencente a um dos partidos do “arco do poder”, é tal que tinha andado a fazer oposição “dourada”, lá para os lados de Paris, no tempo do conto de terror, quando vem para os meios audiovisuais, fazer uma declaração ao rectângulo.
Afirmava ele que devido a “um buraco orçamental”, o rectângulo, precisava de pedir um empréstimo e que o não fizesse, não haveria dinheiro para pagar as reformas, não haveria dinheiro para a saúde, para a educação e ainda mais grave, não haveria dinheiro para pagar aos trabalhadores do rectângulo, que haveria uma recessão muito grande.
Independentemente da opinião do Povo do rectângulo, esse senhor pediu o empréstimo, claro que o mesmo tinha de ser ao “banco” do novo aliado.
Esse banco não é nada mais nem menos que FMI. Lá nos arranjaram o dinheirinho que tanta falta fazia ao rectângulo, lá vieram os técnicos estrangeiros, que nada sabem da vida dos moradores do rectângulo, nem do que por cá se passa, também nada sabem nem querem saber da corrupção empresarial e política, que no rectângulo existe. O que interessa é combinar como se vai pagar o empréstimo, e como deve ser implementada a política económica do rectângulo, não sendo na sua perspectiva uma ingerência nos assuntos internos do rectângulo. Para eles (os técnicos do FMI), não é perda de soberania do rectângulo, o vir dizer que “corta aqui”, “corta ali”, “despede acolá”, na opinião desses técnicos e dos políticos corruptos que assinam estes empréstimos isto é uma ajuda, pois só com a receita deles é que o rectângulo pode sobreviver.
Logo depois da reunião com os ditos técnicos, vem o “ilustre senhor”, outra vez aos meios audiovisuais e comunica o seguinte ao povo do rectângulo.
“precisamos de poupar e precisamos de arrecadar mais impostos, para podermos pagar o mais rapidamente possível o empréstimo que solicitamos aos nossos amigos do FMI”
Para isso, os trabalhadores do rectângulo, (funcionários públicos), não vão ser aumentados para ajudar a pagar este empréstimo, também temos que deixar de dar tantas verbas para a educação e saúde, também temos de começar a descontar mais para a segurança Social e para o Estado (imposto profissional), temos de aliviar a carga fiscal aos empresários e bancos para que eles possam financiar a economia do rectângulo, para que se possa criar empregos e riqueza.
Apesar desta “incrível” receita o rectângulo entrou em recessão.
E foi assim o primeiro empréstimo do rectângulo depois da aurora da liberdade. Por incrível que pareça o povo do rectângulo, nunca exigiu saber o motivo do “celebre buraco orçamental”, nem os governantes do rectângulo, da altura (os Soares, os Santos, os Alegres, os Tavares e outros mais), tiveram os préstimos de vir explicar o motivo da existência do “buraco”.
Passados alguns anos (1983) e também estavam no poder, os mesmos do primeiro empréstimo em coligação com outros iminentes políticos do “arco do poder” (era o mesmo senhor do primeiro empréstimo ao FMI mas nessa altura era o chefe do governo de algo que foi apelidado de Bloco Central, que era uma mistura de PS+PSD+CDS), quando o rectângulo tomou conhecimento de que precisaria novamente de mais um empréstimo.
Claro que quem iria emprestar outra vez eram os mesmos (os tais do FMI), desta vez o argumento para pedir o empréstimo foi o mesmo, gastávamos muito, arrecadávamos pouco, continuávamos a ter o problema do “buraco” mas o tal que nos governava também nunca explicou porque razão andava o rectângulo a gastar mais do que devia. Afinal onde estava a sair a despesa? Claro que os (Soares, os Almeida Santos, Vitorinos, os Loureiros, os Amaral e outros), nunca explicaram nada. A receita dos “amigos” do FMI foi a mesma do empréstimo anterior, corta na saúde, corta na educação, aumenta impostos sobre os que trabalham e alivia a carga de impostos sobre os detentores dos meios de produção e banca, para que eles possam criar empregos, mas apesar desta receita o rectângulo tornou a entrar em recessão, mas houve uma nova invenção, que pelos vistos pegou moda “Toca a cortar parte do Subsidio de Natal ao pessoal da Função Pública”
De salientar que este empréstimo foi pedido aos “amigos do FMI”, na altura em que mais verbas dos fundos de coesão da CEE entravam no rectângulo.
Agora passados mais uns anos, (2010) outra vez com os mesmo do “do arco do poder”, voltamos a pedir mais um empréstimo, a justificação é a mesma das anteriores, muita despesa, pouca receita, continuando o povo do rectângulo sem saber de onde se gasta tanto. Este novo empréstimo também tem uma pequena diferença, já não é só o “nosso amigo FMI” a emprestar a “massa”, também entra neste negócio, mais dois “amigos” o BCE (que está ser gerido por aqueles que tentaram conquistar o continente onde o rectângulo pertence) e também pela CEE (aquilo onde o tal Soares nos meteu, há uns anos atrás, afirmando que só teríamos a ganhar por entrar para este “grupo”.
Outro fenómeno deste empréstimo é que agora aos nossos controladores (os tais técnicos que nada sabem do rectângulo, nem querem saber da corrupção instalada no rectângulo), lhe chamam “TROIKA”. (se a malta se engana, ainda alguém lhe chama TROIA, com a cena do cavalo de madeira que Esparta criou e que originou a queda da cidade).
A receita para pagar mais este empréstimo é a mesma das outras vezes, mas esta ainda mais dura, pois afinal o povo do rectângulo vive bem de mais (paga como os do grupo, mas ganha bem menos que os outros do grupo), mas segundo os célebres técnicos que nos vêm analisar, vivemos muito bem e ganhamos muito e é por isso que o rectângulo tem este problema.
A receita para que o rectângulo consiga resolver este problema de gastar cada vez mais do que arrecada segundo a celebre Troika é:
“Temos de tirar os subsídios aos trabalhadores, temos de aumentar os impostos aos trabalhadores, temos de reduzir as verbas aos ministérios da saúde, da educação, temos de acabar com os subsídios todos (excepto os que são pagos aos que nada fizeram a favor do rectângulo e que são válidos para o trabalho, chamando-lhe rendimento mínimo, para que eles possam estar a tomar o pequeno almoço num café, ou então acabar com as PPP ou Fundações, Observatórios ou Institutos).
Temos de aliviar a carga fiscal dos detentores dos meios de produção, temos que aliviar a carga fiscal do sistema bancário, temos de lhe perdoar todas as dividas e falcatruas, a corrupção que eles fizeram, pois senão a economia não arranca.
Além disso temos de contratar Técnicos e Especialistas, para os órgãos do rectângulo, que devem ser muito bem pagos, pois senão não conseguem cumprir a tarefa e o rectângulo não arranca na sua economia por causa deles estarem mal pagos.
Também temos de aumentar o orçamento da casa do chefe do rectângulo, da casa dos que governam o rectângulo, de aumentar o orçamento do Parlamento do rectângulo (pois vai haver eleições em 2013).
Claro que os políticos e empresários corruptos do “arco do poder” ainda não explicaram ao povo do rectângulo o motivo deste empréstimo, e quando o tentam, ou utilizam uma linguagem técnica (normalmente utilizada por um novo fenómeno existente no rectângulo que são os “NERD”, no meu tempo de estudante a malta chamava-lhes “TOTÓS”), ou então inventam cenários tão graves que o povo do rectângulo julga que os políticos do tal “arco do poder”, vivem noutro planeta que não a Terra, ou então começam a pôr em duvida se vivem no mesmo rectângulo
(obs: Normalmente um NERD é um tipo de pessoa, que vive numa redoma de vidro, com muitos computadores todos abertos no EXCEL com muitas folhas de cálculo carregadas de formulas, onde ele faz os cálculos mais absurdos e que apesar de saber que estão errados, os põe em prática, arranjando sempre uma justificação de que são os correctos. Normalmente não tem amigos, nem gosta de gajas, nem é muito dado a socializar com as pessoas ditas normais, às quais tem um profundo mal estar por as ter de aturar, desejando que essa mesma raça seja extinta. Fala muito pausadamente e apresenta sempre muitos gráficos, não para ilucidar, mas sim para complicar e com o intuito de que os que os tentam analisar fiquem de tal maneira confusos que desistam de os ler. São normalmente seres frustados, com graves crises existenciais. Nunca gostaram ou gostam de coisas banais, mas admiram e gostam tudo que é opulento. Adoram bajular para nunca perderem o poder, que sabem que pode ser efémero, mas que tentam perpetuar a todo o custo, são também os verdadeiros Lambe Botas.).
Pronto lá chegou o empréstimo e apesar das “receitas para combater a crise” o rectângulo entrou e continua em recessão, mais parece que toda a economia e vida do Povo do rectângulo recuou cerca de 50 anos. Vive o povo do rectângulo como vivia no tempo do conto do Terror, os alunos da escola com fome, os alunos com frio nas aulas, a falta de material escolar, os professores desmotivados, os hospitais com edifícios do século XXI mas com falta de dinheiro para comprar medicamentos do mesmo século (qualquer dia vamos assistir a médicos a ler livros da avózinha, para ver que tipo de mezinha podem aplicar ao doente), a economia arruinada, mas os políticos e empresários corruptos a desfrutarem de boa vida, de terem férias onde se gastam montes de dinheiro, onde se continuam com os privilégios desses políticos e empresários corruptos, como viagens aos países Estrangeiros onde o Povo do rectângulo não tira, nem algum dia vai tirar, dividendos dessas viagens “ditas de negócios”, mas que eles tiram pois sempre os ficam a conhecer.
E mais há-de estar para chegar, pois parece que estes políticos e empresários corruptos e apoiantes do “arco do poder”, só descansam quando o Povo do rectângulo tiver a vida que tinha na altura do feudalismo.
Que mais irá acontecer ao Povo do rectângulo?
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