quinta-feira, 11 de julho de 2013

Insónia

Voltam a ladrar os cães da noite,
Da janela chegam estrelas cadentes
Que levam para o infinito os meus
Pedidos.
Os meus olhos fecham esse círculo
De insónias,
Esperanças derrotadas.

Sobre a cama o meu corpo
Exclama a solidão nocturna,
É como o rio que atrai
E afoga o relâmpago,
Um sopro seco nas cordas
Vocais.
Porque pesam mais as palavras
Do que uma vida
Inteira, poucas ficam no acerto
Final da tosca alvenaria, crude
Lacrimejante

Fernando Luís Sampaio


P.S. eu sei que vou ter insónias

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