O regresso ao trabalho após as férias sempre foi complicado
Durante três semanas relaxei ao sabor do tempo. Nada de horas, nem rotinas, deixei-me levar e vivi completamente despreocupado sem escutar a TV nem noticias sobre o que ia acontecendo neste rectângulo à beira mar plantado.
O relógio, esse ditador implacável que controla os nossos dias ficou na gaveta lá de casa e livre de todos os "apetrechos" que nos ligam ao mundo dito desenvolvido/falido, parti à aventura.
Modéstia à parte Portugal é lindo e as suas gentes afáveis, a comida é excelente e de uma riqueza gastronómica sem igual, e os nossos vinhos são fantásticos. Nada que eu já não conheça, mas por muitas voltas que dê a Portugal, todos os anos acabo descobrindo novos locais cheios de encanto.
As férias servem para isso mesmo e as minhas sempre foram vividas tipo "saltimbanco" uns dias aqui, outros dias acolá e assim por diante, quase como se estivesse à procura de um qualquer paraíso perdido.
Provavelmente sofro de alguma desconstrução genética que me impede de fazer férias fixas num só lugar durante semanas. Digamos que ao fim de 3 a 4 dias já estou farto de estar "amarrado" a esse lugar e sinto uma vontade tremenda de fazer a "trouxa" e partir.
Talvez um dia descubra o tal "paraíso" perdido e tudo abandone para aí viver por troca deste local onde sobrevivo.
Um dia talvez !
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