A primeira vez que visitei o P.N.P.Gêres foi no ano de 1971.
Nessa época os meus pais eram sócios da A.F.C. (Académico Futebol Clube) no Porto, e foram convidados para participar no Acampamento de Montanha que se realizou junto há Casa Abrigo do A.F.C. (Académico Futebol Clube) que existia na Mata de Albergaria, e que ainda hoje está lá, mas infelizmente em ruínas, além desta também todas as antigas casas dos guardas florestais.
Desde esse primeiro momento, (e eu era ainda criança), fiquei logo encantado com este magnifico local que adorei, e que fez com que nascesse em mim um amor incondicional por todo o P.N.P.Gêres.
Durante mais anos passei férias neste local na companhia de meus pais e irmãos e tive a felicidade de conhecer grande parte do P.N.P.Gêres - (Soajo, Mezio, Cabril, Lindoso, Lamas de Mouro, Castro Laboreiro, etc, etc), tudo isto numa época em que a grande maioria das estradas não tinham a qualidade que hoje apresentam , e onde os trilhos eram percorridos com recurso a "companheiros" experimentados nestas andanças do montanhismo/pedestrianismo, que conheciam todos os locais magníficos e suas lagoas.
Nos inicios dos anos 70 o P.N.P.Gêres era visitado por um numero restrito de pessoas, e o movimento campista tinha ainda poucos praticantes, as casas dos guardas florestais estavam habitadas, e não existia a tão falada "portagem" na Mata de Albergaria.
Mas, a meu ver, e pelo que vou assistindo ao longo de todos estes anos que visito o P.N.P.Gêres se calhar esta medida é um mal necessário, pois, nas muitas vezes que fiz o trilho da Geira Romana, trilho esse que atravessa a referida mata, já encontrei todo o tipo de lixo, desde garrafas de plástico, latas de refrigerantes, pacotes de bolachas vazios, e todo o tipo de coisas deixadas na mata por mão humana.
Mas, a meu ver, e pelo que vou assistindo ao longo de todos estes anos que visito o P.N.P.Gêres se calhar esta medida é um mal necessário, pois, nas muitas vezes que fiz o trilho da Geira Romana, trilho esse que atravessa a referida mata, já encontrei todo o tipo de lixo, desde garrafas de plástico, latas de refrigerantes, pacotes de bolachas vazios, e todo o tipo de coisas deixadas na mata por mão humana.
Este local, pela sua beleza e por todo o seu valor ambiental, onde ainda vivem especies unicas de plantas e animais, e que não se encontram em mais nenhum lugar do mundo, tem que ser forçosamente preservado, não só este, mas todo o magnifico P.N.P.Gêres e devemos todos ser cuidadosos para que não assistamos a imagens iguais ás que vimos o ano passado.
Grande parte da mata da Serra do Gêres e da Serra da Peneda foi devorada pelo fogo. Mas, proibir (taxar...) talvez por si só não chegue, pois um parque deserto está mais sujeito a acções de vandalismo. A meu ver, o mais importante é sensibilizar as pessoas para as questões da preservação deste magnifico local que é único na Europa, esse trabalho deveria ser feito através da distribuição de informação junto dos principais acessos ao P.N.P.Gêres.
Grande parte da mata da Serra do Gêres e da Serra da Peneda foi devorada pelo fogo. Mas, proibir (taxar...) talvez por si só não chegue, pois um parque deserto está mais sujeito a acções de vandalismo. A meu ver, o mais importante é sensibilizar as pessoas para as questões da preservação deste magnifico local que é único na Europa, esse trabalho deveria ser feito através da distribuição de informação junto dos principais acessos ao P.N.P.Gêres.
Em vez disso o que vemos? Um completo abandono de grande parte do P.N.P.Gêres, e um único interesse, o de preservar a Mata de Albergaria, taxando a 1,50€ todos os carros que atravessam esta zona sensivel, com a proibição de parar durante todo o trajecto, mas, a verdade, é que não é a primiera vez que vejo neste local carros parados.
Seria bom que o dinheiro pago por todos nós fosse canalizado para a Recuperação, Manutenção e Preservação de todo o P.N.P.Gêres, mas quando vemos trocarem as tradicionais placas de informação (feitas de madeira) por placas de acrílico está tudo dito. Será que manter as placas tradicionais do P.N.P.Gêres (feitas de madeira) é mais caro que as feitas em acrílico?!?
Eu acho que não. Estamos é uma vez mais na presença de uma manifesta falta de bom gosto, até porque, este tipo de placa (a de madeira.) é das imagens de marca do P.N.P.Gêres, e se não fosse por mais nada, só por este argumento deveria ser mantida.
Eu acho que não. Estamos é uma vez mais na presença de uma manifesta falta de bom gosto, até porque, este tipo de placa (a de madeira.) é das imagens de marca do P.N.P.Gêres, e se não fosse por mais nada, só por este argumento deveria ser mantida.
Recentemente fiz com a minha esposa o trilho de Fafião até ás Cascatas de Tahiti, e chegados ao local encontramos garrafas de cerveja abandonadas além de outro tipo de lixo.
Sinto sempre uma grande revolta quando sou confrontado com isto e uma das minhas preocupações quando caminho pelo P.N.P.Gêres (entre outras...) é levar comigo um saco vazio, e ir recolhendo todo o tipo de lixo que for encontrando, para depois o trazer de volta comigo e o depositar nos locais apropriados.
Nestes meses que temos pela frente (Julho, Agosto e Setembro) o P.N.P.Gêres é sujeito a todo o tipo de actos de descuido por parte de alguns, mas o meu desejo, é que todos saibam respeitar o local maravilhoso que visitam, e que proporciona a todos nós momentos inesqueciveis de prazer.
O P.N.P.Gêres e todos nós que amamos a Natureza agradecemos.
P.S. Nas fotos acima pode-se ver parte do trilho da "Geira Romana", as ruínas das antigas casas dos Guardas-Florestais, as ruínas da Casa Abrigo do Académico e parte da zona onde os sócios e amigos companheiros acampavam e também parte do Rio Homem onde a malta campista tomava banho.
Sem comentários:
Enviar um comentário