quinta-feira, 27 de junho de 2013

Greve Geral


CONTRA O EMPOBRECIMENTO DO PAÍS
CONTRA O AUMENTO DO DESEMPREGO
CONTRA A PRECARIEDADE
CONTRA OS BAIXOS SALÁRIOS
CONTRA O AUMENTO DO CUSTO DE VIDA
CONTRA O ROUBO DE SALÁRIOS E RENDIMENTOS
CONTRA A LIQUIDAÇÃO DE DIREITOS SOCIAIS

NÃO TE RESIGNES, FAZ OUVIR A TUA VOZ
RUA COM ESTE (DES)GOVERNO.

A LUTA CONTINUA !

quarta-feira, 26 de junho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

São João no Porto


Mesmo sem o feriado municipal, os habitantes do Porto sairão para as ruas da cidade para uma vez mais durante toda a noite brincar ao São João.
Porque "tristezas não pagam dividas" não nos deixaremos atemorizar por decisões de políticos, que a única coisa que fazem é tratar dos seus interesses e dos interesses de todos aqueles que se vergam e bajulam este poder bafiento, retrogrado e decrépito.
A população do distrito do Porto saberá dar a resposta certa a mais esta provocação do Sr. Rui Rio e no dia seguinte se não tivermos forças não iremos trabalhar.   
Afinal de contas este feriado municipal tem mais de 100 anos, porque carga de água vem agora este "iluminado" dizer que este dia não é feriado?
É tempo de dizer basta a esta gente.
Brasil está a acordar, acorda Portugal.     

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Elegia Sanjoanina - Rui Veloso




Foi no ano passado
Na noite de São João
Andava o baile animado
E eu todo engatatão

Fui parar ao braços dela
No meio da confusão
Fitei-a lá bem nos olhos
Não mais a larguei da mão

Dançamos num rodopio
Bebemos vinho e cerveja
Acordamos manhã alta
Nas traseiras duma igreja

Ela disse "Estou quilhada
O meu pai vai-me matar"
E eu disse "Está descansada
Que eu vou lá para o enfrentar"

Tenho pena, mas sou um teso
Nada tenho para te dar
A não ser um lume aceso
Para te abraçar

Falei-lhe de homem para homem
Quais as minhas intenções
Eu trabalho e sou honesto
Mas sem grandes ambições

Ai eu cá para a minha filha
Quero alguém que tenha peso
Não gastei tanto a criá-la
Para a vir casar com um teso

Ela é boa na costura
E sabe cozinha francesa
Toda ela é finura
Bom trato e delicadeza

Já ganhou um concurso
Do vestido de Chita
Queria você um "Sem Curso"
Levar coisa tão bonita

Tenho pena, mas sou um teso
Nada tenho para te dar
A não ser um lume aceso
Para te abraçar

Disseste que eu era demais
Quase me chamas-te artista
Nas carícias dos portais
Mas era tudo fogo de vista

Hoje talvez nada te falte
O teu homem é Doutor
Mas o teu olhar perdeu
Daquela noite o fulgor

Tenho pena mas sou um teso
Nada tenho para te dar
A não ser um lume aceso
Para te abraçar

(Carlos Tê/Rui Veloso)

Não há Feira mas há Escritores

No Porto, a autarquia tem 3 milhões para promover uma corrida de carros, mas não tem dinheiro para bibliotecas nem para feiras do livro.
Um conjunto de escritores, em protesto e em resistência contra a não realização, este ano, da Feira do Livro do Porto (pela primeira vez, em mais de 80 anos...), fará curtas sessões em torno de livros, nos dias 22 e 29 de junho, nos Aliados, às 17h. Uma bela ideia, cujos desenvolvimentos podem ser acompanhados aqui:
https://www.facebook.com/naohafeiramashaescritores?fref=ts


E, traz outro Amigo/a também...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Boléro de Ravel - Sinfonia (primeira versão)

A musica é maravilhosa, a animação fantástica. Muito bom.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Farmácias" da Cidade do Porto

Lista de quase todas as "FARMÁCIAS" da cidade do Porto e suas "especialidades":

Nestas "farmácias" não é preciso "receituário médico" é só entrar, pôr-se à vontade e saborear petiscos tão tradicionais da gastronomia Portuguesa.
Bom Apetite...
 
 
Adega Alfredo Portista - bacalhau frito e polvo cozido, vinho directamente tirado da pipa
Rua do Cativo


A Badalhoca - sandes de presunto e vinho Espadal fresquinho
Rua Dr. Alberto Macedo, 437 (Ramalde). Vai abrir em breve uma sucursal na Rua da Picaria


Adega Correia - tripas à moda do Porto, servidas às quintas-feiras
Rua Barbosa de Castro, 74 (Cordoaria)


Casa Guedes - sandes de pernil
Praça dos Poveiros,130


Casa das Iscas - iscas de bacalhau,
Rua Igreja de Paranhos,470


Adega, O Leandro - bolinhos de bacalhau e rissóis de carne
Rua de Trás,12 (Lóios)


Adega do Quim - panados de sardinha, fígado de cebolada
Rua da Madeira (ao lado da Estação de S. Bento)


O Buraquinho - buchinho de porco e tripas enfarinhadas
Praça dos Poveiros (perto da Casa Guedes)


Pedro dos Frangos - frango no espeto e punheta de bacalhau com vinho verde fresco
Rua do Bonjardim,219-223


Adega Rio Douro "Tasca da Piedade" - fígado de cebolada,  iscas de bacalhau, servidos à terça-feira á tarde com Fado Vadio, há mais de 30 anos.
Rua do Ouro,223(à marginal, perto da Manutenção Militar e do ex-Maré Alta)


O Golfinho" -  francesinhas à moda da casa
Rua Sá de Noronha (perto do Teatro Carlos Alberto)


Taberna  Filha da Mãe Preta - petiscos variados, entre os quais filetes de polvo
Rua dos Canastreiros,28 (traseiras do Cais da Ribeira)


Tasca da Dona de Cremilde - pataniscas de bacalhau e caldo verde
Rua dos Canastreiros (perto da Filha da Mãe Preta)


A Flôr do Palácio, petiscos variados
Rua de D. Manuel II (mesmo em frente ao Palácio Cristal)


Casa Firmino - rissóis, bolinhos de bacalhau, tripas enfarinhadas e costeletas panadas
Rua da Preciosa, 32 (Zona Industrial do Porto)


Adega Cantareira - tripas à moda do Porto, sardinhas fritas ou assadas e petiscos variados
Rua do Passeio Alegre, 382/384 (Foz do Douro)


Adega O Túnel - frango no churrasco
Rua de Serralves, 156 (traseiras do Hotel Ipanema Park, Lordelo do Ouro)


Taberna Canoa - iscas de bacalhau com arroz de tomate e feijoada, serve-se fado, todas as primeiras sextas-feiras de cada mês
Rua do Alto de Arrábida


Casa do Padrão - panados, presunto, rissóis e o famoso arroz à valenciana, por influência dos donos que são galegos
Largo do Padrão (Santo Ildefonso)


Adega do Olho - tripas à moda do Porto
Rua de Afonso Martins Alho, 6 (travessa da Rua das Flores)


A Tasca do Azevedo (antigo Tone da Águas) - tasca polivalente, vende desde garrafas de gás, até vinho ao garrafão
Rua da Arrábida, 151/153 (Lordelo do Ouro)
 
Adega A Floresta
- trouxas de carne e copos tinto
Rua de Afonso Martins Alho, 115 (paredes meias com a Adega do Olho)


Casa Costa - frango frito, orelheira, presunto, rojões e moelas
Rua de Trás, 224 (perto da antiga Cadeia da Relação, actualmente Centro Português de Fotografia (CPF)


Adega S. Martinho - pataniscas e o chispe acompanhados pelas canecas de tinto.
Rua D. João IV, 795 (uma das tascas mais antigas da cidade, mantém-se praticamente intacta há mais de 40 anos, as contas, ainda são feitas em escudos)


Casa Louro - nacos de presunto com broa e azeitonas e malgas/tigelas de vinho verde tinto
Rua Cimo de Vila (à Batalha)


Taberna Santo António (Tasca do Sr. Victor) ? tripas à moda do Porto e petiscos variados
Rua das Virtudes, 32 (perto da Cordoaria


Taberna Porto Antigo ? petiscos variados
Rua de Cimo de Vila, 74


 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Escola Primária das Campinas - Ramalde - Porto - "NA MINHA ESCOLA"



Na Minha Escola


Na minha escola
não havia grades
mas havia muros, que separavam as meninas dos meninos
na minha escola
havia um recreio onde as meninas e os meninos brincavam
mas, nunca se misturavam, pois havia um muro que os separava
e que quase nenhum menino ou menina saltava
pois se o fizesse apanhava.

na minha escola
havia uma funcionária que pelo recreio andava
e tudo vigiava, tudo controlava

na minha escola
a sala de aula tinha um quadro preto e paus de giz
cadeiras enfileiradas, com tinteiros de tinta permanente
uma cruz de Cristo na parede
e um retrato de um "senhor" que eu criança não sabia quem era
mas, meus pais sabiam...

na minha escola
a minha professora chamava-se Clementina
e eu, medo dela tinha
na sala havia uma régua
e uma cana com que nos castigava
se alguém numa resposta se enganava
ou se numa conta errava
ou se nos portávamos mal
e sempre havia algum menino que se portava mal
pois éramos crianças...
e, crianças querem brincar
e, fazer asneiras faz parte do crescimento de todas as crianças.

na minha escola
havia a tabuada que eu estudava, estudava
mas, quando a tinha de dizer sempre me enganava
mais as contas de somar, de multiplicar e subtrair
e quando era chamado ao quadro
só me apetecia fugir...

na minha escola
no intervalo jogávamos à bola, às caçadinhas e ao pião
e quem saltasse o muro para o lado das meninas
levava seis reguadas em cada mão.
na minha escola
a minha irmã do outro lado via
mas, só lhe sorria e acenava
e não entendia porque na escola não podia brincar com ela
e, em casa podia...

na minha escola
quatro anos por lá andei
aprendi a ler e escrever
saber fazer contas, os nomes das serras, dos rios e tudo o mais
na minha escola
fui mais um entre tantos
da minha geração a mim iguais.


(memórias de infância)

Henrique Mário Soares