quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Falar Tradicional do Porto

Respeitosamente, venho falar-lhe de coisas do Porto, por o J. N. (Jornal Noticias) ser do Porto e eu também.
Venho notando, na comunicação social do Porto, o uso de formas de falar que não se harmonizam com a maneira tradicional de se falar no Porto, o que no meu entender, não deveria ser assim, porque não me parece bonito.
Sem ofensa para ninguém, no Porto, um cadeado não é aloquete, como também um guarda-chuva não é um chapéu, nem um desenho é um boneco, nem Félix é Félicsse, nem Narciso é Nárciso, nem cascável é cascavél, nem estive é tive, nem beco é béco, nem perda é pérda, nem sandes é sande, nem cadáver é cadávere, nem têxtil é téstil, nem extra é éstra, nem texto é tésto, nem treze é treuze, nem armazém é àrmazem, nem herói é héroi, nem encarregado é encarregue, nem também é tamém, nem pronto é prontos, nem frio é friu, nem ameeiro é amieiro, nem ameal é amial, nem Filipe é Flipe, nem de noite se dão bons dias, nem há fim da noite sem o dia romper, mas as filas de espera são bichas.
E no Porto, soa mal chamar-se tampa da panela ao testo; frigideira à sertã; pastel ao bolinho de bacalhau; pastelinho ao pastelzinho; florinha à florzinha; feijão verde á vagem; papo-seco ao pão ou molete; o comer à comida; bica ao café ou cimbalino; garoto ao pingo; escorrega ao escorregão; encarnado ao vermelho; casa ao quarto; engomar ao passar a ferro; puto ao menino; miúdo ao catraio; carica à cápsula ou sameira; leite-creme ao creme; filhoses às filhós; peros às maçãs; jogar à bola em vez de "jogar a bola"; beber café em vez de "tomar café"; de quando em vez, em vez de "de vez em quando"; desculpe lá em vez de "desculpe" e diga em vez de "faz favor de dizer".
































Nota: Texto de; Gonçalo F. F. Sampaio (Jornal Noticias)
Fotos: Henrique Mário Soares - Cidade do Porto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

José Afonso - Todas as Canções (livro)

No próximo dia 28 de Janeiro às 21 horas, a AJA-Norte (Associação José Afonso-Núcleo Norte) organiza uma sessão publica na Fundação Escultor José Rodrigues com a presença de "Guilhermino Monteiro", "José Mário Branco" e "Octávio Fonseca", três dos autores do livro "José Afonso - Todas as Canções"
Aparece, e traz outro Amigo também.
.

Nota: Informação recebida via email

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Zeca Afonso - Quadras Populares

A velhice não se enjeita
Como o lixo da calçada
País que os velhos rejeita
Não é País, não é nada.

Muita força tem um homem
P`ra bater com o pé no chão
A nossa terceira idade
Não tem que estender a mão.

É já miséria revolta
Ver a loiça sobre a mesa
Quem fez o cabaz da fome
Rouba, rouba com certeza.

Daqui fala o monopólio
Daqui fala o capital
Diga cá senhor ministro
Quanto custa Portugal ?

Assim fazem os ministros
Que estão vendendo a Nação
Com os focinhos pregados
Na bosta que cai ao chão.

Haja ganas com fartura
P`ra levantar o País
Quando o mal não tem remédio
Corta-se o mal pela raiz.



In: Quadras Populares - Zeca Afonso
Ulmeiro 1983

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Ignorância é o Pilar Mor da Demagogia

Só é livre o homem culto
porque só o saber
deixa compreender, ver
as coisas que estão ocultas (por dizer)

mesmo aquele que detém
o poder
e que muito julga saber
é tão somente um bruto
porque o seu poder
lhe advém do oculto

daquele que não sabe ler (!)
do outro que não quer compreender
daqueloutro que é bruto
por muito ter...
mais daquele que se vende
por nada valer

e assim o medíocre
sobe ao poder
por o outro não saber
dando-lhe aval p`ra mais ter...
e o obscuro que nada sabe
muito julga saber
e ri-se do próprio culto
que lhe mostra o compreender.
e assim o bruto se julga culto.


In: Na Minha Ditadura
Manuel António
Edição Novo Tempo 1977

Festa do Livro na Fundação Drº António Cupertino de Miranda

Uma vez mais até ao fim de Janeiro a Fundação Drº António Cupertino de Miranda, organiza a "Festa do Livro" onde o publico pode encontrar mais de 15 mil títulos a preços de SALDO.
A "Festa do Livro" está aberta todos os dias (incluindo Sábados e Domingos) das 13.00h ás 20.00h. A Fundação Drº António Cupertino de Miranda fica na Avenida da Boavista, nº 4245 no Porto (em frente ao Parque da Cidade).
Visitem e ... boas leituras !

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Razão

Sempre certas pessoas confundiram
esperança com coragem de esperar
com vontade o desejo
o poder com governar.

(Alguns sabem e morrem
outros que também sabem os matam).

E assim este país continua
algemado pelo medo
a morte dentro da rua
a rua feita sossego.

Que se levante quem sentir este desgosto
que a injustiça que apregoam está com eles
só a coragem e a razão estão connosco.


In: Canção Obreira
de Fernando Augusto Pacheco 1975

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011 - Abstenção Não !

O VOTO É A ARMA DO POVO.

Presidenciais VI

" sim, eu estou surpreendido com o buraco no BPN de mais de dois mil milhões de euros"

Cavaco Silva candidato às Presidenciais na grande entrevista com Judite de Sousa sobre o caso BPN.

o economista distraído...o tal que quando era Primeiro Ministro dizia: "eu nunca me engano e raramente tenho duvidas"

domingo, 9 de janeiro de 2011

Experimentar Na M`Incomoda - Fiando o Linho



A nossa terra...a nossa gente...as nossas tradições.

Presidenciais V

" é uma maneira hábil de desviar a conversa do que é essencial para o acessório"

José Manuel Coelho, candidato às Presidenciais, na grande entrevista com Judite de Sousa, referindo-se à forma como a jornalista conduzia a entrevista.

finalmente alguêm confrontou a jornalista sobre a sua GRITANTE dualidade de critérios na forma em como conduz as entrevistas dos candidatos às presidenciais

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Presidenciais IV

" Aquilo configura um contrato de recompra e uma situação de favor, e será um acto de gestão danosa, e um acto de favorecimento"

Manuel Alegre candidato às Presidenciais na grande entrevista com Judite de Sousa, sobre o caso das acções do B.P.N. vendidas pelo candidato Cavaco Silva.

Contra factos, não há argumentos.

Zeca Sempre - Os Vampiros

Presidenciais III

"Ninguém é santo, somos todos cinzentos"

Fernando Nobre, candidato às Presidenciais na grande entrevista com Judite de Sousa

As aparências iludem...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Presidenciais II

"Eu, exijo esclarecimentos a todos e, de tudo"


Francisco Lopes, candidato às Presidenciais, sobre o caso B.P.N. na grande entrevista com Judite de Sousa.

E, Eu também !!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Presidenciais

"Para serem mais honestos do que eu, tem que nascer duas vezes"

palavras do candidato "Cavaco Silva" no frente-a-frente para as Presidenciais, com o candidato "Defensor Moura"

Presunção e água benta, cada qual toma a que quer!

Tom Petty - Dont Do Me Like That

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo ! Sacrificios Antigos !

Pois é, organizaram-se festas de despedida do ano um pouco por todo o país, vestimos-nos a rigor e celebrámos a chegada de um novo ano (2011). Sem darem conta, muitos de nós, entraram na euforia colectiva e sonharam/desejaram um ano melhor, porque, por enquanto para sonhar/desejar ainda não nos cobram imposto. Tenho até a ideia, de que nesta altura as pessoas abrem a garrafa de champanhe, não tanto para festejar a chegada do novo ano, mas, antes para beber e esquecer a situação de calamidade a que os nossos governantes levaram o país. O que nos reserva o ano de 2011 ?
Mais impostos!!! maior custo de vida!!! menos direitos laborais!!!menos regalias na saúde!!! mais despesas no ensino!!!
E então, o que comemorámos nós !!!
Viva 2011 !!! Viva os impostos e a carestia de vida !!!
Mas, ao contrário do que certos politicos apregoam aos quatro ventos, esta crise não surgiu agora, vem muito de trás e tem origem nas nossas raízes como povo, e nas politicas erradas no sector da Educação, que sucessivos governos pós 25 de Abril escolheram nos ultimos anos para Portugal, senão vejamos:
...«Enquanto se não melhorar o tipo social dominante, escusamos de pensar em melhorar o País de vez. Cada vez mais o trabalho governa o mundo, dá carácter e coesão aos povos e gera o tipo das futuras sociedades. Só pelas múltiplas iniciativas, a disciplina voluntária e a organização do esforço produtivo as nações se robustecem e progridem. Ora com um Português abúlico, madraço, parasitário e impulsivo impossível se torna organizar o trabalho útil e vencer o deficit da produção»...«Seria igualmente simplista negar, como tantos negam, a profundidade e amplitude desta crise nacional, ou atribui-la a uma fatalidade congénita das nossas gentes. Decerto há uma responsabilidade colectiva, e os cidadãos ou mais geralmente os Portugueses não devem repousar na consciência tranquilizante de que os males provêm unicamente dos círculos dirigentes. Mas os males de que nos queixamos, com razão amargamente, afectando tanto as massas como o «escol» (que o não é, afinal), resultam quer de condicionantes estruturais ligadas a toda a nossa história económica, social, política, quer de raízes do âmbito da psicologia social e colectiva, ligadas à mentalidade, à cultura (e melhor seria falar de ambas no plural), através da espessura temporal, pondo em causa a conduta dos indivíduos e não os ilibando também de responsabilidades»...
Texto retirado do livro:
"Um Projecto para Portugal"
Vitorino Magalhães Godinho
Publicações Europa América-1979
A crise em que mergulhámos não é de agora, não é culpa exclusivamente de Sócrates, tem as suas raízes muito mais atrás, no desperdícios dos subsídios para a formação profissional nos governos de Cavaco Silva, no (des)governos de Guterres e de Durão Barroso, mas tem também mais um culpado, nós POVO, que continuámos a acreditar e a eleger políticos incompetentes para governar os destinos do nosso País. Nós POVO, que não somos exigentes connosco e com os outros, nós que cedemos ao compadrio, há cunha, há falcatrua, ao desenrasque tão típico do Português.
Nós POVO, que vemos no Sr. Doutor, no Sr. Engenheiro, no Sr. Padre, no Sr. Presidente da Junta, alguém que tudo pode e a quem devemos prestar vassalagem e servidão.
Para nossa desgraça, o facilitismo instalou-se em Portugal, de que é prova evidente as "Novas Oportunidades" onde o verdadeiro aprender é substituído por uma auto-biografia, onde cada aluno relata as vivências de toda uma vida, onde não é dada matéria, nem existem exames, para avaliar a evolução da aprendizagem de cada um.
Desde que o aluno consiga completar o seu "PRA" (Portofólio Reflectivo de Aprendizagem), tem automaticamente garantido o curso do 9º ou do 12º anos.
Que futuro pode ter um país onde os seus jovens tem um reduzido aproveitamento a Português e Matemática?
Que futuro pode ter um País onde a participação cívica da população é mínima?
A que forças politicas/económicas/sociais, interessa este estado de situação?
Um povo culto é um povo exigente com os seus políticos.
Não esperem por acontecer, façam acontecer.
O PODER DO POVO É O VOTO!